Juazeiro do Ceará: Exposição “Xilo, traços da tradição” é aberta no Largo do Memorial Padre Cícero

Como forma de homenagear os artistas populares de Juazeiro do Norte, Ceará, a exposição “Xilo, traços da tradição” foi aberta, em frente entrada principal da Fundação Memorial Padre Cícero. O trabalho tem curadoria da professora e secretária executiva de Cultura, Sandra Nancy, e fotografia de Augusto Pessoa.

Ao todo são 12 painéis iluminados, de 2m x 1,5m, com xilogravuras inspiradas na obra de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, e apresenta trabalhos de seis xilógrafos: Stenio Diniz, José Lourenço, Manoel Inácio, Cicero Vieira, Cícero Lourenço e Demontier Lourenço.

São obras que retratam o rico universo cultural nordestino, ilustrando os festejos populares do Araripe, a fartura da colheita dos frutos retirados da terra, a exuberância da natureza, a vida simples do campo, como também a dura realidade provocada pelos períodos de estiagens.

A exposição “Xilo, traços da tradição” é uma produção da Secretaria da Cultura de Juazeiro do Norte, em parceria com o Governo do Estado do Ceará.
Nenhum comentário

Morre aos 92 anos, Nyedja do Nascimento Silva, a primeira mulher a estudar Agronomia no Estado da Paraíba e a primeira professora da antiga Escola de Agronomia do Nordeste (hoje, Centro de Ciências Agrárias)

Morre aos 92 anos, Nyedja do Nascimento Silva,  a primeira mulher a estudar Agronomia no Estado da Paraíba e a primeira professora do referido curso, na antiga Escola de Agronomia do Nordeste (hoje, Centro de Ciências Agrárias). Datado de 1936, Engenharia Agrônoma é o curso mais antigo da UFPB.

O ano era de 1945. Os cursos superiores na Paraíba eram escassos. O acesso à carreira acadêmica era restrito a homens, brancos e vindos de famílias nobres. Os negros, na época, livres há apenas 57 anos, e as mulheres, relegadas ao papel de dona-de-casa, esbarravam nos obstáculos sociais do Brasil da primeira metade do Século XX, para chegar à universidade. 

Foi nesse cenário hostil que Nyedja Nascimento, negra e pobre, conseguiu ser a primeira mulher a chegar a uma universidade na Paraíba e se tornar, posteriormente, a primeira professora do curso de Agronomia, o mais antigo da UFPB.

Aos 92 anos de idade,  a paraibana de João Pessoa ostentou o título de primeira engenheira agrônoma da Paraíba e segunda do Nordeste, conforme levantamento do Centro de Ciências Agrárias da UFPB em Areia, Paraíba. 

Ao completar 90 anos em 2015, Nyedja lembrou. “Eu queria ser enfermeira, mas como não tinha curso aqui e eu não tinha dinheiro para estudar fora, escolhi Agronomia, porque era o único daqui, da Paraíba. Meu irmão tinha acabado de concluir os estudos e conhecia o curso e, principalmente, porque eu queria muito me formar. Fui a primeira mulher do curso, da escola [de agronomia] e posteriormente a primeira professora de Agronomia”, comentou.

Fundada em 1936, a Escola de Agronomia do Nordeste foi a primeira instituição de nível superior da Paraíba. O curso de Agronomia é considerado o mais antigo da UFPB, tendo em vista que os demais cursos só viriam a aparecer em 1955, com a fundação do Campus de João Pessoa. Nos primeiros anos do curso, muitos estudantes de João Pessoa sem condições financeiras de irem estudar em grandes centros, como Rio de Janeiro, acabaram buscando a Engenharia Agrônoma para alcançar o grau superior. Foi o caso de Nyedja, vinda de uma família modesta de João Pessoa.

“Minha família era pobre. Meu pai era porteiro. Minha mãe morreu quando eu tinha três anos. Na minha cabeça, eu entendia que só conseguiria chegar a algum lugar na vida estudando muito. Minhas irmãs não se interessavam [por estudos] e se dedicavam a trabalhar em casa. Minha madrasta também ajudava, não deixando que eu fizesse os trabalhos domésticos. Como tinha esse tempo livre e o objetivo de me formar, aproveitei para estudar”, comenta.

A história de vida de Nyedja Nascimento se confunde com a própria história do curso de Engenharia Agrônoma da UFPB. Foi na antiga Escola de Agronomia do Nordeste que ela alcançou a tão sonhada formatura, em 1949, e onde conheceu aquele que viria a ser seu marido. Com seu colega de turma, Manoel Felix da Silva, Nyedja Nascimento começou um namoro, que terminou em casamento, em 1951, e que, no futuro, resultaria em três filhos.

Juntamente com Manoel Felix, a engenheira agrônoma começou a trabalhar na docência do curso no qual se formou, em meados de 1954. Ambos foram chamados para integrarem o corpo docente como assistentes dos professores do curso. Cerca de dois anos depois, Nyedja foi incorporada como professora titular de Agronomia e entrava para a história do curso pela segunda vez, agora como a primeira professora.

“Eu me lembro de que a segunda mulher a estudar Agronomia na escola de Areia foi minha aluna. Sou engenheira agrônoma, mas minha vocação sempre foi ensinar. Foi como professora que eu descobri a minha vocação. Fui professora até o último dia da minha carreira, até me aposentar. Gostava das aulas de campo com os alunos, mas gostava mesmo era da sala de aula”, explicou.

Para se tornar a primeira mulher negra a alcançar um nível superior, Nyedja relembra que precisou superar o preconceito, tanto por ser negra, quanto por ser mulher. Ele conta que alguns moradores de Areia, mais especificamente os ligados às famílias mais tradicionais, a tratavam como a “nega da escola”.

“Até algumas pessoas que eram parentes tinham essa postura na época. Embora isso fosse uma minoria. Eu sempre me dei muito bem com meus colegas professores e com suas esposas. Como eu passava a maior parte do tempo estudando, não ia muito para cidade, isso acabava não me afetando em nada. Sempre tive orgulho do que sou: afrodescendente. Sou negra, assim como meu pai era. Tenho o maior orgulho dele”, ressaltou.

Ainda que vivesse em uma época onde as mulheres e os negros não tinham visibilidade, Nyedja Nascimento declara que contava com o apoio dos colegas de classe e professores. “Costumava viajar com meus colegas de turma, todos homens, para aulas de campo. Nunca passei por uma situação em que ficasse constrangida ou fosse assediada. Sempre me dei muito bem com eles e suas respectivas esposas. Eles me respeitavam, sabiam que ali eu não era só uma mulher, era uma mulher e uma colega de sala”, concluiu.

Por precaução médica, Nyedja Nascimento não visitava mais o Centro de Ciências Agrárias da UFPB, a antiga Escola de Agronomia do Nordeste, o lugar onde deixou de ser só a filha do porteiro do antigo prédio da Recebedoria de Rendas em João Pessoa, para entrar na história como primeira mulher negra na Paraíba a aprender e ensinar em nível superior.

Foto:  Site CCA/UFPB
Nenhum comentário

I Cerpics oferecerá vivências gratuitas no Parque Josepha Coelho, em Petrolina

O projeto de extensão Centro de Referência em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (CERPICS), da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), realizará o 1º CERPICS no Parque, neste sábado (2). 

O evento irá oferecer, gratuitamente, a toda a comunidade diversas atividades terapêuticas, entre as quais meditação e yoga. As atividades irão acontecer nas arenas 2 e 3 do Parque Municipal Josepha Coelho, em Petrolina, das 7h20 às 12h.

Além de meditação e yoga, serão oferecidas no evento auriculoterapia, Reiki, grupo de movimento, biblioterapia, cromoterapia, massagem, ventosaterapia, Barras de Access e bioenergética. A partir das 7h30 uma equipe do projeto estará no parque para efetuar as inscrições. Cada modalidade terá uma quantidade limitada de vagas, que irá variar de 2 até 35 vagas.  

O evento contará com a participação dos coordenadores do projeto, professores Alexandre Barreto e Keila Moreira; de terapeutas voluntários do CERPICS e estagiários do HU-Univasf. A professora Keila Moreira destaca que as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) contribuem para a prevenção e diminuição da ansiedade e estresse, melhora do foco e raciocínio, diminuição de dores e melhora do sistema imunológico.

O projeto atua nas áreas de formação, pesquisa e assistência, promovendo capacitações para profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS), atendimentos no HU-Univasf, entre outras atividades. O CERPICS atua há mais de um ano e neste período o projeto realizou cerca de 700 atendimentos.
Nenhum comentário

Lojas Neto Tintas comemora 25 anos com promoção e inúmeros prêmios e brindes

As Lojas Neto Tintas Automotivas estão em festa neste ano de 2019, isso porque, comemora 25 anos de história na cidade de Petrolina e Juazeiro e consequentemente na região do Vale do São Francisco.

Para compartilhar a festa a loja está promovendo uma grande promoção junto com seus clientes. São inúmeros sorteios de prêmios e brindes. Entre os prêmios os clientes concorrerão ao sorteio de motos no mês de novembro.

As Lojas localizadas em Petrolina (Avenida Sete de Setembro) e Juazeiro (Bairro João XXIII), tem atualmente na gerência administrativa os empresários Italo Lino, Abilio e Icaro. São 25 anos de parceria e empreendedorismo no setor de Tintas Automotivas em Geral.

"o objetivo é manter a valorização dos clientes com a máxima qualidade dos produtos, o que o faz termos maior credibilidade no mercado de pinturas automotivas na região em que atuamos", ressalta Italo.

"Acrescento o que nos foi transmitido, além do amor e paixão, vontade de trabalhar todo dia, uma equipe que  mantêm o ótimo atendimento e o melhor relacionamento com nossos clientes. Estamos sempre atualizados sobre as boas novidades e inovações do setor de pinturas automotivas", concluiu Italo.

Nenhum comentário

GONZAGA PATRIOTA PRESIDE SESSÃO QUE ELEGEU A MESA DIRETORA DA CÂMARA

O deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE), neste momento está na presidência dos trabalhos da Câmara de Deputados em Brasilia. Ele leu a lista dos candidatos aos cargos em disputa para a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados no biênio 2019-2020.

Pela terceira vez consecutiva, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) vai ocupar a Presidência da Câmara dos Deputados. Ele foi eleito em 1º turno para o biênio 2019-2020, com 334 votos.

Gonzaga comanda a sessão por ser o deputado mais idoso dentre aqueles com maior número de legislaturas, já que o atual presidente da Casa, Rodrigo Maia, é candidato a novo mandato de presidente.

Sete deputados registraram candidaturas para a presidência da Câmara. Rodrigo Maia (DEM-RJ), que concorreu à reeleição, Fábio Ramalho (MDB-MG), 1º vice-presidente na legislatura passada; JHC (PSB-AL), que ocupou a 3ª secretaria da Mesa Diretora na legislatura que se encerrou; General Peternelli (PSL-SP); Ricardo Barros (PP-PR); Marcelo Freixo (PSOL-RJ) e Marcel van Hattem (Novo-RS) vão disputar os votos dos deputados empossados hoje (1º). 

Além da presidência, estão em disputa a primeira e segunda vice-presidência das Casas, quatro secretarias e as respectivas quatro suplências. 
Nenhum comentário

Projeto do IF Sertão-PE propõe uso da horticultura como terapia ocupacional

Utilizar a horticultura como terapia ocupacional, beneficiando a saúde mental e física de pessoas em tratamento de dependência química. Este é um dos objetivos do projeto de Extensão "Hortoterapia: cuidando do corpo e da alma", desenvolvido pelo Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IF Sertão-PE).

Em parceria com instituições de Petrolina, como a Associação Ágape, o Centro de Recuperação de Evangélicos Livres para Servir (C.R.E.L.P.S) e a Casa de Acolhimento para Mulheres, o projeto realizará atividades de instalação de horta medicinal, envolvendo desde a preparação de canteiros de produção, aquisição e seleção das espécies de plantas que serão coletadas no Horto Medicinal Orgânico do campus Petrolina Zona Rural, plantio, até a colheita e o beneficiamento.

"A nossa expectativa é atuar como promotor da reinserção social, por meio de ações que envolvam o resgate familiar, o trabalho, a geração de renda e a autonomia. O projeto visa também estimular a valorização pessoal, com a ocupação do tempo, tomada de decisões ao planejar e executar as atividades na horta medicinal terapêutica", afirmou a coordenadora, Flávia Cartaxo. O projeto conta ainda com as orientações dos professores Adelmo Santana, Leopoldina Amorim e Patrícia Pereira, além do estudante de Agronomia, José Pedro Dias.

As atividades incluem ainda a promoção de oficinas, com orientações sobre uso correto das plantas medicinais e elaboração de fitoterápicos. A primeira ação foi realizada nesta terça-feira (29), na Associação Ágape, com a apresentação do projeto e realização de palestra. No próximo dia 12 de fevereiro, será instalada a horta medicinal na instituição.

Fonte: IF Sertão

Nenhum comentário

Papagaios são devolvidos à natureza em Lagoa Grande, as aves nativas da Caatinga estão ameaçadas de extinção e foram resgatadas de cativeiros

Sessenta e quatro papagaios, da espécie “verdadeiro”, foram soltos em uma área de preservação ambiental, no município de Lagoa Grande, no Sertão de Pernambuco. As aves nativas da Caatinga estão ameaçadas de extinção e foram resgatadas de cativeiros. De cabeça amarela, bochechas azuis esverdeadas e ombros vermelhos, o papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva) mede de 35 a 37 centímetros de comprimento e pesa cerca de 400 gramas.

“Esses papagaios são provenientes de apreensões feitas em feiras, mercados, residências e por pessoas que, voluntariamente, conhecendo o projeto de reintrodução desse papagaios na natureza, vêm e entregam no Cetas (Centro de Triagem de Animais Silvestres), em Recife”, explica Djalma Paes, diretor-presidente da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH).

Antes de serem soltas, as aves passaram por um período de reabilitação. O processo, que dura cerca de um ano, tem como objetivo fazer com que os papagaios reaprendam a viver na caatinga.

“Quando ele passa esse processo de 10, 20, 30 anos em cativeiro, a gente tem que retrazer isso [viver na caatinga] pra ele, ou seja, treinar eles novamente, fortalecer os instintos deles, mostrando alimentos naturais, possíveis predadores pra eles começarem a fugir e, o principal, fortalecer a musculatura”, diz o biólogo Yuri Valença, coordenador do Centro de Triagem de Animais Silvestres da CPRH.

A soltura das aves faz parte do projeto Papagaio da Caatinga, uma parceria que envolve a Universidade do Vale do São Francisco (Univasf) e a Agência Estadual de Meio Ambiente. Os moradores da região também foram inseridos nesse processo. Eles foram orientados sobre a importância de proteger os animais.

“Uma das nossas preocupações é que gerações futuras não tenham que ver isso apenas em fotografia. E o que depender da gente, dos vizinhos, das pessoas, da região, hoje eu tenho a ideia de que existe uma consciência preservacionista, e o que está em nosso alcance para difundir isso aí, a gente continua fazendo”, afirma o empresário José Ramos da Silva Filho.
Nenhum comentário

← Postagens mais recentes Postagens mais antigas → Página inicial