Mega-Sena pode pagar R$ 48 milhões nesta terça-feira (18)

A Mega-Sena poderá pagar hoje (18) um prêmio de R$ 48 milhões a quem acertar as seis dezenas do concurso 2.108, que será realizado, às 20h, no Caminhão da Sorte, que está estacionado na cidade de Conselheiro Pena, em Minas Gerais.
Segundo a Caixa, o prêmio principal, caso aplicado na poupança, renderia mensalmente mais de R$ 178 mil. “O valor também seria suficiente para comprar 20 casas de luxo, mobiliadas, com carro na garagem, nas mais valorizadas localizações do país”.
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Encontro de Saberes da Caatinga 2019 acontecerá em Exu, Pernambuco

Acontecerá nos dias 18 a 27 de janeiro de 2019, a 3ª edição do Encontro Saberes e Práticas da Caatinga: Raizeiro(a)s, Benzedeiro(a)s e parteiras, na Chapada do Araripe, Pernambuco.

O encontro será realizado em Exu, Pernambuco. O Encontro tem como objetivo promover a troca de saberes entre os raizeiros(as), benzedeiros(as) e parteiras da região da Chapada do Araripe contribuindo para o fortalecimento do papel cultural da sabedoria tradicional nos processos de cuidado e cura.

As inscrições para o evento serão realizadas até o dia 10 de dezembro de 2018. Poderão ser realizadas pessoalmente nos seguintes locais: Sindicato de Trabalhadores Rurais do Exu, ONG Caatinga - Ouricuri, Budega Cultural no Exu e ACB no Crato Ceará. 

As pessoas interessadas em realizar a inscrição online deverão preencher o formulário com seus dados pessoais e indicar posteriormente a modalidade de participação no evento, atentando-se para o valor a ser pago via depósito, na conta: Banco do Brasil; Conta: Ana Vartan Ribeiro de Alencar Ulisses; Agência: 1059-6; Conta Poupança: 12.791-4; Variação 01. 

O comprovante de depósito deverá ser enviado por email (saberesdacaatinga@gmail.com), até o dia 10 de dezembro de 2018.

Serão ofertadas oficinas sobre Quiropraxia, Bioenergética, Argiloterapia, Shiatsu, Introdução a cosméticos naturais, Agrofloresta Sintrópica, Essências do feminino (Aromaterapia na saúde da mulher), Saponificação, Meditação, Extração de óleos, Enema, Primeiros socorros com óleos essenciais, Extração de óleos, Alimentação viva e Biocontrução. 
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Procissão das Sanfonas acontecerá sábado 22, em São Raimundo Nonato, Piauí

No próximo sábado, dia 22, acontece em São Raimundo Nonato, Piauí, mais uma edição do festival da “Orquestra Sanfônica do Sertão e Procissão de Sanfona”, evento este que reúne centenas de sanfoneiros do Piauí e dos estados vizinhos.

O Festival será realizado na Avenida dos Estudantes, a partir das 14hs e na programação consta às 16hs a tradicional Procissão das Sanfonas, apresentação do Grupo de Violão Acordes do Campestre e Paloma Nunes e convidados lançando Cd.

Ás 22hs Orquestra Sanfônica do Sertão e Convidados e o encerramento do festival com Epitácio Pessoa do Ceará e Convidados.

Durante o evento haverá exposição artesanatos e oficinas de manutenção e captação de sanfona.

O fundador da Associação Acordes do Campestre, Sandrinho do Acordeon, destaca que o projeto surgiu para contribuir com a educação e cultura das crianças carentes do bairro Campestre.
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Alceu Valença, um dos nossos maiores patrimônios culturais

No auge dos seus 72 anos, o múltiplo artista pernambucano Alceu Valença fez mais de 80 shows só neste ano e, ao longo da carreira, vendeu milhões de discos, ganhou prêmios importantes, dirigiu e lançou o filme A luneta do tempo - obra da qual ele se orgulha muito -, acumula inúmeras músicas de sucesso e seu público alcança diferentes gerações. 

Toda essa honrosa bagagem justifica a escolha do público em nomear Alceu como o vencedor da categoria Música, do Grande Prêmio Orgulho de Pernambuco, promovido pelo Diario de Pernambuco. 

“É uma honra e um prazer. Pernambuco está na essência da minha arte. Praticamente toda a minha obra gira em torno de temas que aprendi desde menino em Pernambuco. Minha poética e musicalidade estão diretamente ligadas a essas influências. É como sempre digo: me sinto como um espelho do meu povo. Eu me reconheço nele, ele se reconhece em mim”, poetiza.

Na infância, não havia radiola na casa onde ele morava com seus pais Décio e Adelma, em São Bento do Una, no Agreste pernambucano. O motivo era o medo que o pai tinha de que o pequeno Alceu se tornasse boêmio e, por isso, não incentivava a sua veia artística. Essa condição da época fez com que o músico escutasse poucas músicas até os dias de hoje. 

“A música que conheço, eu aprendi com os vaqueiros, os trios de forró, as duplas de violeiros e emboladores. Uma vez, no início da minha carreira, perguntei ao Hermeto Pascoal o que ele costumava escutar. Sabe o que ele respondeu? Nada. Para não me influenciar”, diz, aos risos. 

Foi apenas em 1969 que Alceu Valença, o então jovem de 23 anos, descobriu que tinha talento para a música, durante um curso de férias para o qual foi selecionado na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Depois das aulas, ele levava seu violão para a praça e cantava xotes, baiões e martelos agalopados.

 “Os hippies e hare krishnas adoravam e dançavam em torno de mim”, recorda. Essas despretensiosas apresentações despertaram a curiosidade de um jornal de Massachusetts, que perguntou o que ele cantava. “Protest songs”, respondeu. Esse mesmo jornal definiu o pernambucano como o “Bob Dylan brasileiro”, quando ele nunca havia escutado uma música sequer do cantor e compositor norte-americano.

De volta ao Brasil, Alceu classificou uma música no Festival Internacional da Canção (FIC), e foi ali que ele começou a se sentir profissional. Dois anos depois, gravou o primeiro disco, Quadrafônico, em dupla com Geraldo Azevedo.

“Eram poucas as horas de estúdio e gravávamos de madrugada, escondidos. Foi utilizado o sistema quadrafônico, uma novidade para a época”, relata. No início da carreira, as metáforas usadas em suas letras eram um método para driblar os censores. Em Quadrafônico, por exemplo, havia uma música chamada Talismã, com uma letra que dizia: “Joana, me dê um talismã / viajar”. A princípio, a letra não apresentava uma mensagem explícita, mas a censura alegou que “Joana é marijuana e viajar é uma referência a isso”. Por este motivo, a letra teve de ser modificada para “Diana, a caçadora”. “Troquei Joana por Diana e saí de lá com a música liberada”, relembra. 

Os Estados Unidos não foram o único país do exterior em que Alceu fez morada. Ele também residiu durante um ano - e depois voltou diversas vezes - na França, lugar pelo qual nutre um carinho especial. Durante as idas a Paris, o músico compôs aquele que seria o seu primeiro grande sucesso, Coração bobo.

“Escrevi em uma noite em que eu tive muita saudade de casa. Eu me sentia em uma espécie de autoexílio. E essa música acabou abrindo o caminho para que eu me tornasse um artista realmente popular”, avalia.

 Alceu afirma que tem a expertise de compor uma música com facilidade e agilidade. Ele tem canções que falam de amor, de lembranças, de lugares. Outras que falam do Brasil, com mais ou menos esperança, dependendo da fase que o país esteja passando. “Muitas coisas me inspiram. Como diria o filósofo Ortega y Gasset: ‘Eu sou eu e as minhas circunstâncias’. Minha música reflete isso”, diz. 

Embora seu grande talento seja na música, Alceu vem de uma família de advogados. Seu pai foi procurador do estado e o incentivou a ingressar na profissão.

“Eu fiz o curso completo na Faculdade de Direito do Recife, cheguei a estagiar em um escritório de advocacia, mas desisti porque achei que o réu tinha razão na primeira causa que apareceu”, diverte-se. “O Direito me ensinou a ver sempre os dois lados, a ter uma noção mais completa do que seja cidadania. E a Filosofia, minha disciplina favorita na faculdade, me ensinou a questionar sempre”, conclui. O artista também trabalhou como jornalista na sucursal do Jornal do Brasil e nas revistas da Editora Bloch. 

Atualmente, o Maluco Beleza se prepara para o show que fará no Recife Antigo, durante o Réveillon Parador, no último dia do ano. Em janeiro, ele viaja de férias para Portugal e, no carnaval, volta à capital pernambucana para se apresentar na festa momesca, como faz quase todos os anos. 

Em 2019, a casa que o artista possui em Olinda será reformada e aberta ao público com exposição de fotos, discografias e figurinos de Alceu, nos quatros domingos de fevereiro que antecedem a festividade do carnaval. 

“A casa vai abrigar diversas atividades culturais. Será um lugar dedicado não só a mim, mas à cultura pernambucana e nordestina”, adianta. Já durante os quatros dias de carnaval, o espaço vai se transformar em camarote e casa de apoio para os foliões.

Fonte: Diário de Pernambuco-Caio Ponciano


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Missa em Ação de Graças encerra programação dos 106 anos de Luiz Gonzaga no domingo (16)

Desde quinta-feira, 13 de dezembro, a cidade de Exu,Pernambuco, comemora o nascimento do filho mais ilustre do município. Se vivo, Luiz Gonzaga teria completado 106 anos de idade.

O encerramento da festa será com uma Missa em Ação de Graça, que será celebrada no domingo (16), a partir das 11hs, no Parque Asa Branca. 

A noite os shows são com Targino Gondim & Quinteto Sanfônico do Brasil, Marquinhos Café, Rennan Mendes, Gel Barbosa, Sebastian Silva, Dijesus Sanfoneiro, Jota Farias, Os Caba de Gonzaga, Ana Paula Nogueira, Jaiminho de Exu, Diego Alencar, Epitácio Pessoa, Leninho de Bodocó e Elmo Oliveira. 

Os shows começarão a partir de 21h.
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Fórum Movimento Brasil Junino debate em Brasilia o reconhecimento do Forró como Patrimônio Cultural do Brasil

Nos dias 13, 14 e 15 de dezembro de 2018, Brasília receberá o Fórum Movimento Brasil Junino. O projeto, que acontecerá no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, será palco das principais discussões e atividades de fortalecimento e promoção da cultura junina do país. Entre os participantes estão pesquisadores, produtores, quadrilheiros, forrozeiros, cantores, e artistas.

O projeto, que é realizado pelo Brasileiro de Integração – Cultura, Cidadania e Turismo (IBI) com co-realização da Secretaria de Turismo do Distrito Federal e apoio do Ministério da Cultura; pretende ser base para formulação de políticas públicas de valorização das atividades folclóricas e fortalecer movimento junino brasileiro na preservação de raízes culturais regionais que representam importância social, cultural e econômica por meio de geração de trabalho e fomento ao turismo.

O Fórum Movimento Brasil Junino conta com três principais ações, além de atividades culturais com apresentações de dança, teatro e shows forró.

O Fórum Nacional de Raiz busca o reconhecimento das matrizes do Forró como Patrimônio Cultural e Imaterial do Brasil e reúne para esta discussão por meio de palestras e encontros técnicos, pesquisadores, produtores, gestores públicos, forrozeiros e entre outros artistas e envolvidos para debater ações de proteção e preservação das matrizes do forró e políticas públicas que visem o reconhecimento das atividades da categoria. 

Outra atividade que pretende promover discussões construtivas e de integração para valorização da arte regional brasileira será o II Simpósio Nacional do Movimento Junino, realizado em parceria com a Liga de Quadrilhas Juninas do Distrito Federal e Entorno – LINQDFE e a Confederação Brasileira de Quadrilha Junina – CONFEBRAQ.

No Simpósio serão abordados temas como o reconhecimento dos movimentos culturais regionais e das festividades juninas como fomentadores de turismo regional e rendas locais e propostas que possam nortear políticas públicas e privadas sobre o movimento nacional de Quadrilhas Juninas, reunindo atores sociais e agentes culturais de todos os Estados brasileiros e do Distrito Federal.

A importância do movimento junino brasileiro para o turismo nacional e internacional também serão pauta principal do evento. O Fórum Brasil Junino conta com participação de representantes do Ministério da Cultura, Ministério do Turismo e EMBRATUR, além de governos estaduais e municipais; e pretende estabelecer um programa de investimentos e de promoção das festividades juninas nacionais como produto turísticos para fortalecimento da cultura que movimenta e gera renda para as regiões.

O encerramento de cada dia de atividade do Fórum vai contar com apresentações de dança e grupos folclóricos, teatro e de grandes nomes do forró no Brasil, entre eles, Elba Ramalho, Quinteto Violado e Lucy Alves. A programação cultural será aberta ao público geral com entrada gratuita.
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Luiz Gonzaga, 13 dezembro, o nascimento da modernidade e a revolução musical

Nesta quinta-feira, 13 de dezembro, a cidade de Exu, Pernambuco, a 78 km de Juazeiro do Norte, Ceará comemora o nascimento do filho mais ilustre do município e da cultura brasileira. 

Hoje é o Dia Nacional do Forró, dia de Santa Luzia, dia do nascimento de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Para nós, que estamos na senda nordestina, nas trincheiras culturais da raiz forrozeira, nas linhas de enfrentamento contra a máquina de terraplanagem global, procurando o regional como marca distintiva e, por isso mesmo, universal, é dia de celebração.

Se vivo, Luiz Gonzaga completaria 106 anos de idade. Com uma carreira sem a presença das redes sociais, no site de busca Google, o sanfoneiro aparece em mais de 18 milhões de páginas. Em 2018, a voz do pernambucano é presente nos aplicativos de música Spotify e Deezer.

O Nordeste continuaria existindo caso Luiz Gonzaga não tivesse aterrissado por lá há cem anos. Teria a mesma paisagem, os mesmos problemas. Seria o mesmo complexo de gentes e regiões. Comportaria os mesmos cenários de pedras e areias, plantas e rios, mares e florestas, caatingas e sertões.

Mas faltaria muito para adornar-lhe a alma. Sem Gonzaga quase seríamos sonâmbulos. Ele, mais que ninguém, brindou-nos com uma moldura indelével, uma corrente sonora diferente, recheada de suspiros, ritmos coronários, estalidos metálicos. A isso resolveu chamar de BAIÃO.

Luiz Gonzaga plantou a sanfona entre nós, estampou a zabumba em nossos corpos, trancafiou-nos dentro de um triângulo e imortalizou-nos no registro de sua voz. Dentro do seu matulão convivemos, bichos e coisas, aves e paisagens. Pela manhã, do seu chapéu, saltaram galos anunciando o dia, sabiás acalentando as horas, acauãs premeditando as tristezas, assuns-pretos assobiando as dores, vens-vens prenunciando amores.

O seu peito abrigava o canto dolente e retorno dos vaqueiros mortos e a pabulagem dos boiadeiros vivos. As ladainhas e os benditos aninhavam-se por ali buscando eternidade. Viva Luiz Gonzaga do Nascimento!

Fonte: *Aderaldo Luciano professor doutor em Ciencia da Literatura
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