Ministério do Meio Ambiente assina acordo para proteger Caatinga; Bahia, Ceará, Paraíba e Pernambuco serão beneficiados

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) assinaram acordo de cooperação para implementação do projeto Estratégias de Conservação, Restauração e Manejo para a Biodiversidade da Caatinga, Pampa e Pantanal, o GEF-Terrestre. O Global Environment Facility (Fundo Mundial para o Meio Ambiente) financia o programa com um aporte de 32,6 milhões de dólares.

A assinatura, que formaliza a participação do MMA e sinaliza o início da execução dos trabalhos, foi publicada no Diário Oficial da União. O objetivo é promover, de forma mais efetiva, a conservação da biodiversidade dos três biomas por meio da criação de novas áreas protegidas, melhoria na gestão das unidades de conservação, recuperação de áreas degradadas, proteção de espécies ameaçadas e engajamento das comunidades locais nessas ações.

Para a implementação, a Secretaria de Biodiversidade do MMA vai contar com a parceria de 11 estados (RS, MG, MT, MS, BA, AL, PB, PE, RN, PI e CE), além do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ). O contrato do projeto já havia sido assinado pelo Funbio, agência executora do projeto, e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a agência implementadora, em maio deste ano, e terá duração de cinco anos.

“O foco principal do GEF Terrestre é dar mais atenção aos três biomas, que ainda não tinham sido efetivamente beneficiados pelos projetos de cooperação internacional da Secretaria de Biodiversidade. A Caatinga, que só existe no Brasil; o Pantanal com suas áreas úmidas de importância internacional; e o Pampa, bioma com o menor percentual de áreas protegidas (2,9%)”, explica a analista ambiental Marina Faria do Amaral, do Departamento de Áreas Protegidas do MMA.

Entre as ações a serem apoiadas estão a criação e a gestão de unidades de conservação, a recuperação de áreas degradadas, e o desenvolvimento de planos de ação territoriais para a conservação de espécies.


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CEARÁ: MOSTRA SESC CARIRI CULTURA DESTACA O SEMINÁRIO ARTE E PENSAMENTO

“E passo a passo, vai cumprindo a profecia. Do beato que dizia que o sertão ia alagar” *, assim diz a música “Sobradinho”, de Sá e Guarabyra. E cumprindo esse presságio, que onda a onda, um mar de manifestações artísticas invadiu a região do Cariri com a Mostra Sesc Cariri de Culturas, idealizada pelo Sesc Ceará, que nesse ano chega a sua vigésima edição, consolidada como um dos maiores eventos culturais do Brasil.

De 16 a 20/11, a programação especial celebra vinte edições de um dos maiores projetos de difusão das artes do Brasil. São mais de 300 ações gratuitas, distribuídas em 26 cidades da região do Cariri cearense, com expectativa de 300 mil pessoas de público.

O calor de novembro, mês mais quente na região, mistura-se com a efervescência cultural da Mostra. As pessoas sentem no ar não só a quentura do sol, mas também das inúmeras manifestações artísticas que acontecem por todo lado. 

São artistas e espectadores compartilhando experiências no teatro, dança, exposições, shows, rodas literárias, performances poéticas e mostras de cinema e vídeo. A programação convida público e artistas para um verdadeiro intercâmbio entre o fazer arte e suas expressões, reflexões quanto às questões de acessibilidade na arte, discussões sobre sustentabilidade, manifestações populares, patrimônio imaterial e lugar de memória.

Marcam ainda esta edição a inauguração de mais um Museu Orgânico dos Mestres de Cultura Tradicional do Cariri, o Museu Oficina do Mestre Françuli, na cidade de Potengi. A descentralização das ações é garantida com a realização do Circuito Patativa do Assaré, que leva espetáculos de rua pelos municípios, e iniciativa Tem Forró no Cariri – circuito com artistas cearenses, valorizando essa expressão genuinamente nordestina.

"A Mostra Sesc Cariri de Culturas chega a sua vigésima edição como um dos marcos da atuação do Sistema Fecomércio no Ceará. Hoje é considerada a primeira e maior Mostra Cultural do Brasil, integrando grande quantidade de linguagens a partir da Região do Cariri.

No seu histórico, tornou-se palco das mais diversas manifestações da arte. Mas o legado da Mostra também está presente no desenvolvimento socioeconômico da Região e, principalmente, na transformação das pessoas que visitam, participam e trabalham na Mostra. É este valor humano que continuará nos norteando para os próximos anos,” declara Maurício Filizola, presidente do Sistema Fecomércio.

Na celebração das vinte edições, artistas e público ainda participam de atividades que ampliam a dimensão das vivências e estimulam as práticas socioculturais e socioambientais. Com o Seminário Arte e Pensamento, dias 19 e 20/11, estudiosos, técnicos, artistas e público participam de um momento de discussões e reflexões sobre o patrimônio cultural imaterial na contemporaneidade. 

Além das apresentações de tradição popular, que destacam as casas dos mestres de cultura, que recebem o público em seus terreiros, a Mostra dá espaço para uma das manifestações artísticas mais populares do Nordeste, o forró. É a programação do Tem Forro no Cariri – Circuito de apresentações com a Orquestra de Sanfonas do Ceará, Chambinho do Acordeon, Flávio Leandro, Na Base da Chinela, Jorge de Altinho, Ana Paula Nogueira, Amelinha e Ermano Morais.
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Orquestra Sanfônica do Sertão, o Festival será realizado no mês de dezembro em São Raimundo Nonato, Piauí

No próximo mês de dezembro, dia 22, acontece em São Raimundo Nonato, Piauí, mais uma edição do festival da “Orquestra Sanfônica do Sertão e Procissão de Sanfona”, evento este que reúne centenas de sanfoneiros do Piauí e dos estados vizinhos.

O Festival será realizado na Avenida dos Estudantes, a partir das 14hs e na programação consta às 16hs a tradicional Procissão das Sanfonas, apresentação do Grupo de Violão Acordes do Campestre e Paloma Nunes e convidados lançando Cd.

Ás  22hs Orquestra Sanfônica do Sertão e Convidados e o encerramento do festival com Epitácio Pessoa do Ceará e Convidados.

Durante o evento haverá exposição artesanatos e oficinas de manutenção e captação de sanfona.

O fundadador da Associação Acordes do Campestre, Sandrinho do Acordeon, destaca que o projeto surgiu para contribuir com a educação e cultura das crianças carentes do bairro Campestre.
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Nova metodologia incentiva boas práticas no uso dos recursos hídricos da bacia do São Francisco

A partir de 2019, usuários que fizerem uso racional dos recursos hídricos da bacia do rio São Francisco poderão obter descontos na cobrança. É o que estabelece a nova metodologia de cobrança pelo uso da água, proposta pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) através da Deliberação CBHSF nº 94, de 25 de agosto de 2017 e aprovada no dia 28 de junho deste ano, pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH) – (RESOLUÇÃO Nº 199).

“A nova metodologia incrementa 20% dos preços unitários, que foram reajustados. Além disso, conta com mecanismos que diferenciam, dentro de um mesmo segmento, usuários que utilizam melhor a água daqueles que não a utilizam tão bem. Por exemplo, no caso da indústria, aqueles que reciclam a água terão fatores multiplicadores que reduzem a conta. Na agricultura, aqueles que fazem um bom manejo da água para irrigação também poderão diminuir significativamente o valor a ser pago”, explica Alberto Simon, diretor técnico da Agência Peixe Vivo (APV), delegatária do CBHSF.

Quando a metodologia entrar em vigor, o cálculo da cobrança para todos os usuários passará a considerar não só o volume de água outorgado, mas também o volume de água medido. “Ou seja, a partir de janeiro de 2019, a cobrança será proporcional àquilo que foi outorgado e àquilo que foi efetivamente utilizado. Há casos em que o usuário pede uma quantidade de água e utiliza um pouco menos”, esclarece Simon.

Os usuários que tiverem interesse em receber esse desconto terão que declarar à Agência Nacional de Águas (ANA) e à Agência Peixe Vivo, através da DAURH (Declaração Anual de Uso de Recursos Hídricos), o volume de água medido. Caso o volume de água medido não seja informado, o cálculo será feito considerando apenas o volume de água outorgado.

Segundo Simon, não haverá fiscalização: “confiaremos plenamente nas informações que nos serão repassadas pelos usuários, principalmente porque eles sabem que estes recursos serão utilizados na própria bacia em projetos de revitalização. Não temos dúvidas das boas intenções dos usuários”, ressalta.

Para informar sobre a nova metodologia, a ANA irá enviar um ofício aos usuários da bacia do rio São Francisco, para que se manifestem em relação a este índice redutor, no período de 01 /01/2019 até 31/01/2019.

A DAURH é acessada por meio do endereço http://www.snirh.gov.br/cnarh . Esclarecimentos sobre a DAURH podem ser solicitados pelo e-mail daurh@ana.gov.br ou pelos telefones 0800 725 2255 ou (61) 2109-5400.

Prevista na Lei 9.433/97 (Lei das Águas) a Cobrança pelo Uso da Água é um dos instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos. Possui os seguintes objetivos: obter recursos financeiros para a recuperação das bacias hidrográficas brasileiras, estimular o investimento em despoluição, dar ao usuário uma sugestão do real valor da água e incentivar a utilização de tecnologias limpas e poupadoras de recursos hídricos. É um instrumento fundamental na revitalização dos rios.

Não se trata de um imposto. É um valor fixado a partir de um pacto entre o poder público, usuários e sociedade civil, no âmbito do Comitê de Bacia Hidrográfica, com o apoio técnico das Agências de Água (ou Entidades Delegatárias). Um dos critérios para definir os valores a pagar é bem simples: quem usa e polui mais os corpos de água, paga mais; quem usa e polui menos, paga menos.

Desde 2010, todo o trabalho desenvolvido pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco – CBHSF só foi possível graças à cobrança pelo uso dos recursos hídricos. A cobrança viabilizou inúmeras ações e projetos, apoios e eventos. Entre eles, estão a execução de Projetos Hidroambientais, a elaboração dos Planos Municipais de Saneamento Básico, ações de educação ambiental e promoção de conhecimento técnico-científico, e muitas outras realizações que trouxeram mais qualidade de vida para a população.

Fonte: CHBSF Mariana Martins
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Prefeitos devem conversar com Governo sobre mudanças no Mais Médicos

O presidente Michel Temer participa hoje (19) à tarde do Encontro dos Municípios Brasileiros - Avanços da Pauta Municipalista, na sede da Confederação Nacional de Municípios (CNM), em Brasília. Participam também ministros, parlamentares e prefeitos. Uma das principais preocupações dos prefeitos e secretários municipais de Saúde são as mudanças no Programa Mais Médicos.

A CNM, na semana passada, divulgou notas em que demonstrou preocupação com a saída dos profissionais cubanos do programa. Segundo a nota de sexta-feira (16), foi feito um apelo ao Ministério da Saúde e à Presidência da República para novas medidas sejam apresentadas até sexta-feira (23).
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Tese de mestrado, autor mostra que há união entre o erudito e o popular

A música erudita e a canção popular brasileira estabelecem relação de proximidade. A influência se dá de maneira mútua, nas duas direções. Tanto a canção popular recebe influências da música erudita quanto a música erudita também dialoga com o campo popular. 

A avaliação é do músico Chico Saraiva, que fez mestrado para entender o ponto de confluência entre os dois universos musicais, aparentemente localizados em polos distintos. O resultado da pesquisa é o livro Violão-canção: diálogos entre o violão solo e a canção popular no Brasil.

Também resultam da pesquisa o filme Violão canção, uma alma brasileira, com duração de 30 minutos, além de plataforma digital onde estão publicadas as entrevistas sem cortes.

Com a experiência de músico, autor de seis álbuns, Chico resolveu enveredar-se pelo universo acadêmico com a missão de colocar em diálogo a música erudita, escrita em partituras, e a canção popular. Realizou conversas com mestres das duas áreas: João Bosco, Paulo César Pinheiro e Luiz Tatit, no campo da canção popular. Com Paulo Bellinati, Sérgio Assad e Marco Pereira, representando o violão solo de concerto; e Guinga e Elomar como membros das duas tradições.

Embora a música erudita seja amplamente estudada na academia, Chico entendeu que havia lacuna para traçar a relação com a canção popular brasileira. Ele considera que livro, site e vídeo são balanço da carreira. A orientação do mestrado foi feita pelo professor Gil Jardim. 

A banca de avaliação contou com o músico e professor José Miguel Wisnik e o violeiro e professor Ivan Vilela. “Minha ideia, desde o início, é conectar o violão ligado à tradição escrita ao universo da canção popular.” O músico levou oito anos para escrever o livro.

A canção popular brasileira abarca diferentes vertentes. Conforme ressalta Chico, a curadoria da Mostra Cantautores, em que ele é um dos convidados, revela diversidade ao convidar artistas como Ângela Ro Ro, Zélia Ducan e João Bosco, entre outros. “A Cantautores é um apanhado maravilhoso dessas vertentes tão diferentes”, diz.

Chico ressalta que não há hierarquização entre os gêneros. Ao contrário, há uma horizontalidade entre os gêneros, como aponta no livro. No trabalho, ele também apresenta a gênese dos dois gêneros. A canção brasileira tem herança melódico-harmônica da tradição europeia. Também tem influência rítmica da tradição africana. O artista está atento aos “cancionistas”, que são músicos que fazem as composições a partir da vocalidade da palavra. “Estabeleci polaridades, como se fossem linhas de polaridade: nossa herança africana rítmica e melódico–harmônica europeia”, disse.

Ele lembra, porém, que expoente da música erudita brasileira, o maestro Heitor Villa-Lobos (1887-1959) é exemplo do diálogo entre a tradição escrita e a canção popular. “A música erudita releu o folclore nacional. Do outro lado, a canção popular chegou a ponto de maturidade musical a partir de Tom Jobim e já consegue inverter isso. Canção popular mais elaborada, influenciando a tradição escrita.”

Chico defende que o livro resulta da pesquisa, que teve cunho artístico muito mais do que científico. “Procurei colocar em diálogo opiniões e pontos de vista. Meu esforço foi colocar em diálogo mestres. Tudo isso gerou algo que transcende a limitação da plataforma da tradição escrita”, diz.

Ele completa: “O vídeo é a melhor forma de transmitir o que a partitura não dá conta”. O material foi editado para o filme Violão canção, uma alma brasileira, com duração de 30 minutos. As entrevistas brutas podem ser vistas no endereço www.violao-cancao.com.
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Aldy Carvalho, o cantador e Compositor lança SerTão Andante em Petrolina

O cantador, compositor, escritor e poeta petrolinense, Aldy Carvalho, lança, nesta sexta-feira(9), às 20h30, no espaço Solar da Praça ( por trás da Prefeitura), centro de Petrolina, seu novo trabalho 'SerTão Andante', cujas gravações foram iniciadas no ano passado e concluídas no primeiro semestre deste ano no Estúdio Espaço Som, em São Paulo. Os trabalhos tiveram a direção musical do produtor e violonista Tony Marshall e produção executiva de Aldy Carvalho e Lenir do Vale Carvalho.

O Cd traz 12 canções que mapeiam o universo afetivo e a natureza que traduzem as belezas de um sertão real e imensurável, território onde nasceu Aldy. Mesmo vivendo desde os anos 80 na capital paulista, o artista jamais abandonou suas raízes pernambucanas. Aliás, foi na sua infância que o cantador começou a se surpreender com as cantorias e as poéticas cordelistas ensinadas pelo pai João Joaquim de Carvalho (In Memoriam).

São músicas inspiradas e conectadas com a diversidade das narrativas de suas letras que se comunicam sobretudo com o mundo de sons, aromas, plantas, água, terra, ar e comportamento humano de pessoas que trafegam no campo sentimental do poeta a partir do sertão como seu mundo e seu quintal. Xote, baião, coco, xaxado, galope, martelo, balada entre outros ritmos, dão o tom da diversidade de gêneros que falam a língua de seu povo.

A riqueza do repertório conta com criações assinadas por Aldy e outras em parceria. De sua lavra estão 'Tempero', ' Maria!', 'Martelo Tirano', 'Jornada', 'Massangana' e 'Trem Nordeste'. Já as parcerias estão em 'Redemoinho' feita com José Verismar dos Santos, 'Estilhaços'(com João Joaquim de Carvalho), 'Companhia do Cordel' (com João Gomes de Sá) e 'Veios d’água'( com Crica Carvalho e Fabiane Carvalho). O cantador também regravou a canção 'Com Certeza', de Nildo Freitas.

Quarto Cd solo de sua carreira, em SerTão Andante, Aldy Carvalho eleva sua cantoria para o que há de mais sofisticado do ponto de vista instrumental sob a batuta de músicos tarimbados. Além dos violões e viola, os arranjos das canções foram lapidadas com violino, piano, flauta, acordeon, percussão e violoncelo. Há até uma participação da ave (calopsita) de estimação do artista, batizado de 'Nino'.

Como descreve o professor universitário da UPE e radialista Simão Pedro dos Santos, em um dos textos assinados no encarte do Cd: "Ouvir Aldy Carvalho é adentrar a memória do sertão mais denso, de dentro, profundo. Seu cantar traz vida e aroma tão locais que palmilhamos outros sertões, outras veredas. O cantador, com o tempero local de sua poética, tende ao universal, pois quem canta sua aldeia sabe de suas entranhas, de suas veias e de seus veios. Poéticos veios". E arremata, o disco de Aldy "é um trem que chega , um trem dando partida". Durante o lançamento do Cd, haverá recital e cantoria com a participação dos artistas Mariano Carvalho e Edvaldo Monteiro.[]
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