LUIZ HELIO: A LUZ DE LUIZ GONZAGA, A LUZ DOS SERTÕES

A voz do Rei Luiz me remete à tenra infância quando encarnando um serelepe guri eu escapulia da barra da saia de mamãe e disparava em direção àquele cercadão com cheiro de grama e de gado que era o pátio da Exposição Agropecuária do Crato. Em meio ao colorido das varetas de algodão doce, das girafas, onças pintadas e macaquinhos de borracha que encantavam outros “zoiudos cabrinhas” iguais a mim, lá no alto do palco estavam os sanfoneiros das terras cariris puxando o fole e esquentando o povão antes de entrar em cena o véio “Lua”.

Não entendia direito o significado das canções entoadas pelo vozeirão imponente daquele simpático e bonachão senhor encourado tal qual um vaqueiro. Mas havia algo de mágico ali que encantava e enternecia de tal forma a simplesmente deixar-me paralisado durante todo o show, o qual acompanhava pelas pontas dos pezinhos e agarrado à grade. Nada temia naquele momento, nem a multidão e nem a terrível claustrofobia que normalmente me atormentava quando estava em locais com grandes aglomerações.

Aqueles versos e melodias bailavam ao vento e chegavam aos meus ouvidos falando de coisas alegres e também tristes de uma forma tão cativante e encantadora que estranhamente trazia saudades de coisas as quais eu sequer ainda havia vivido. Confesso que não lembro de fato, mas segundo minha mãe “seu Gonzagão” chegou a passar a mão na minha cabeça e brincar comigo quando passamos por sua mesa num restaurante localizado no centro do Crato e meus pais pararam para cumprimentá-lo.  

A verdade é que essas cenas gonzaguianas nunca saíram da minha memória e até hoje mexem profundamente comigo. E... não, isso não me fez virar um especialista em Luiz Gonzaga ou ser um pesquisador desse mestre da cultura nordestina. Não sei nem quantos discos ao todo ele lançou desde o começo da carreira até a sua “triste partida”. Quantas canções ele compôs, quantos livros já escreveram sobre a vida desse fantástico viajante brasileiro? Sinceramente não sei dizer.

Mas uma coisa é certa: eu fui tocado pela mensagem desse iluminado gênio, por sua ungida alma de digno sertanejo e hoje entendo perfeitamente a verdade e grandiosidade da sua obra, sempre pautada pela bravura, pela honestidade, pelo amor à sua terra e ao seu povo.

Em novembro do ano passado parei em Exu quando voltava de Juazeiro do Norte e visitei o Museu do Gonzagão, que estava vazio e no mais absoluto silêncio naquele início de causticante tarde. Era o momento ideal para ter novamente a oportunidade de estar pertinho e receber a energia de seu Luiz. Até então minhas aproximações com Gonzaga aconteciam (e acontecem) apenas no período junino quando sempre assisto ao DVD do único show registrado em vídeo até hoje, o especial da TV Globo com a despedida do Rei do Baião. E também pelos CDs que toco no carro durante a mais nordestina época do ano.

Após as primeiras fotos na área externa resolvemos (eu, minha mãe e minha esposa) entrar para apreciar a exposição: a farda do exército da época de recruta; as sanfonas; os inúmeros discos de ouro e troféus; as reportagens do mundo inteiro, as roupas etc. E quando ainda havia muito a ser visto, um retrato num quadro levou-me às lágrimas e a uma inexplicável tremedeira: o registro da dor e da tristeza de Gonzaguinha (o filho), com o braço em cima do caixão do pai, contemplando o vazio.

Acabava ali a minha visita. O guia, preocupado, acompanhou-me até o lado de fora e ofereceu-me água. Ainda sentei num banquinho em frente à casinha de reboco até me restabelecer emocionalmente e seguir viagem, ainda perturbado por aquela imagem, como se naquele momento eu tivesse sentido as reais presenças dos dois Gonzagas. Pai e filho que após tantos desencontros estavam ali juntos para sempre, numa única alma transformada em luz do sertão.

Por isso mesmo não fiz esforço algum para ir às merecidas comemorações do centenário de Luiz Gonzaga. Duvido que em meio a tanta festança, multidão e barulho eu conseguiria sentir mais uma vez a presença desse “Rei enluarado chamado Luiz”. Um dia voltarei e serei mais uma vez recompensado.

Obrigado, seu Gonzaga! Minha singela homenagem eu faço através da poesia de Virgílio Siqueira e da voz de Zélia Grajaú com a canção “Um Rei de Couro”, que em minha humilde opinião, é a mais bela tradução desse “sanfoneiro, vaqueiro feliz” que era “feito de fibras de lua e de sol”, disponível no youtube:  http://www.youtube.com/watch?v=rsWhiidKI0s

*Luiz Hélio - poeta, escritor, jornalista e membro da Academia Juazeirense de Letras
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UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI PROMOVERÁ SEMINÁRIO DE HISTÓRIA SOCIAL DOS SERTÕES

Será realizado nos dias 16 a 19 de abril de 2018, na Universidade Regional do Cariri, no Crato, Ceará,  (URCA, o I Seminário Nacional de História Social dos Sertões e II Colóquio de História Social dos Sertões. As Inscrições de Propostas para Simpósios Temáticos estarão abertas até o próximo dia 20 de novembro de 2017, seguindo cronograma de outras etapas da programação.

O evento tem como objetivo desenvolver as reflexões sobre os sertões brasileiros, o chamado "Brasil profundo", a partir do enfoque da História Social e suas questões conceituais e metodológicas.

O debate tem como ponto de partida o recorte do interior brasileiro, o denominado "sertão", com sua diversidade de definições, mas principalmente como espaço de disputa, de conflitos e embates que contribuem para a própria construção da nação brasileira e das lutas sociais.

O evento é promovido pelo Laboratório de História Social - LABORE, Rede Proprietas - INCT, Geopark Araripe, Mestrado Profissional em Ensino de História - PROFHISTÓRIA (URCA).



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MUSEU FONOGRÁFICO LUIZ GONZAGA DE CAMPINA GRANDE, PARAÍBA

A riqueza da vida cultural de uma cidade, muitas vezes medida apenas pela intensidade de seu show business e pelo sucesso dos seus eventos artísticos, deve ou deveria incluir, também, a sua vida literária, onde, mais que o brilho fugaz, se busca construir a memória e a permanência. 

Destaco aqui o valor do professor e pesquisador José Nobre, nascido em Currais Novos, no Rio Grande do Norte. Zé Nobre tem a trajetória vivida em Campina Grande, Paraíba. Ele é o criador, fundador do Museu Fonográfico Luiz Gonzaga de Campina Grande. Um espaço que privilegia a arte mais bela: a musical. José Nobre reuniu ao longo dos últimos 30 anos uma produção constante, uma obra musical múltipla, de expressão e riqueza singulares. 

Zé Nobre conta que o Museu reúne mais de 6 mil discos. No Museu consta monografias, artigos, jornais e mais os 70 livros lançados sobre a vida e obra de Luiz Gonzaga. São teses de mestrados e doutorados. Os visitantes tem a visão na entrada do museu de 3 estátuas em granito pesando em média 700kg.

O Museu Fonográfico Luiz Gonzaga de Campina Grande, Paraíba, representa a oportunidade de quem o visita de ampliar as possibilidades educacionais que o fator do conhecimento proporciona.

Campina Grande, (Já foi considerada a cidade onde se realizava os maiores festejos juninos do país, o Maior São João do Mundo). Infelizmente hoje os festejos estão desqualificados, vendidos a industria cultural, no palco já não inclui a boa música na programação.

Mas toda reação tem reação. Daí, cresce a importância do Museu Fonográfico Luiz Gonzaga de Campina Grande. Afinal, a história conta que Campina Grande sempre dedicou um carinho especial a Luiz Gonzaga, inclusive, o Rei do Baião recebeu o  Título de Cidadão Campinense em 1972, propositura do então vereador Manoel Joaquim Barbosa.

Mas Infelizmente a Política Cultural Brasileira não sabe retribuir o valor histórico do passado que é futuro e modernidade. O tempo mostrará!

No Museu, Todos os objetos expostos foram adquiridos por José Nobre com recursos próprios. O espaço já foi considerado o maior museu fonográfico a abrigar a obra de Luiz Gonzaga– superando, inclusive, o Museu do Baião instalado em Exu, terra natal do do Rei do Baião – e uma referência nacional na preservação e divulgação do talento dos músicos brasileiros.

A Zé Nobre nossa gratidão...


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MADALENA, CEARÁ GANHA MUSEU LUIZ GONZAGA

Certa feita o apresentador Carneiro Portela, criador do Ceará Caboclo, fez um programa especial em homenagem a Luiz Gonzaga, onde afirmava que a música do Rei do Baião representa a alma do Nordeste e, para enfatizar ainda mais a sua teoria, concluiu do seguinte modo: “ Se, por uma fatalidade, o Nordeste fosse destruído por uma hecatombe, seria possível reconstruir a sua história a partir das canções de Gonzagão e seus parceiros. Está tudo ali  o lavrador, o vaqueiro, o cangaceiro, a parteira, o tropeiro, a fauna, a flora, os costumes, a casa de farinha, o engenho, as festas juninas, os animais domésticos.” É interessante notar que em todas as canções, sem exceção, está presente a marca da cultura e das tradições do povo Nordestino. 

Por esta razão, em 2012  ano do centenário de nascimento de Luiz Gonzaga do Nascimento , o vereador Gilvan Sales, de Madalena-Ceará, fã “gonzagueano” desde a adolescência, implanta naquele município o museu LUIZ GONZAGA E O SERTÃO, onde disponibilizará um vasto e precioso acervo composto de discos de cera e vinil, CD's, livros, revistas, cartazes, recortes de jornal e objetos relacionados com a fulgurante carreira do Rei do Baião. Afora esse material, o museu reunirá também centenas de objetos do Nordeste de outrora, muitos já em desuso, como bolandeiras, objetos de cerâmica, artesanato em couro e madeira, além de apetrechos da agricultura e da pecuária que remetem ao sertão cearense dos séculos XIX e XX. Gilvan adquiriu também aviamentos de casa de farinha e um engenho para fabricação de mel e rapadura.

“Inicialmente eu me interessava apenas pela música e passei a adquirir todos os LP's de Gonzaga, dando preferência aos originais, embora não descartasse os relançamentos. Depois disso passei a comprar discos de cera, LP's de 10 polegadas, CD's e outras mídias contendo a obra do Rei do Baião. Sertanejo que sou, filho, neto e bisneto de fazendeiros da região de Madalena e Quixeramobim, sempre me interessei por esse universo e quando nasceu a idéia de criar o museu, passei a adquirir outros objetos que reforçam essa ligação da música de Gonzaga com o sertão”, conta Gilvan Sales.

Ele relembra que, em meados da década de 1960, Luiz Gonzaga esteve em Madalena, a convite do vigário de então, Padre Gotardo Lemos, lançando o livro “O sanfoneiro do Riacho da Brígida” do escritor Sinval Sá. Padre Gotardo é autor da canção “Obrigado João Paulo II”, feita por ocasião da primeira visita do Santo Padre ao Brasil, gravada por Luiz Gonzaga em compacto RCA, no ano de 1980.

Por outro lado, Madalena é berço de grandes sanfoneiros, com destaque para as famílias Araújo (Mário, Nelson, João, Gilberto, Edmundo e Pedrinho), e Carloto (do patriarca Carloto Costa, pai de Raimundo Carloto, Valnir e seus manos), além do conhecido Zé do Norte, instrumentista respeitado e produtor de artistas consagrados, do chamado forró pé de serra.

O pesquisador Reginaldo Silva, que foi secretário particular de Luiz Gonzaga por quase duas décadas, já esteve visitando as instalações do museu, ainda em construção, e orientou Gilvan Sales acerca da catalogação do acervo. O próprio Reginaldo tem uma exposição itinerante sobre a vida e a obra de Luiz Gonzaga, que vem percorrendo o Brasil inteiro, em especial os Estados da Região Nordeste, onde se concentra a maior parte da legião de admiradores do sanfoneiro do Araripe. 

Fonte: Folha do Povo -Canindé-Ceará
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GARANHUNS: FESTIVAL VIVA DOMINGUINHOS TERÁ AULA ESPETÁCULO COM O COMPOSITOR ONILDO ALMEIDA

O Festival Viva Dominguinhos, que será realizado em Garanhuns entre os dias 19 a 21 de abril, terá mais uma novidade para abrilhantar ainda mais as homenagens feitas à trajetória do músico garanhuense. Trata-se do recém criado projeto itinerante ‘Aproveita Gente’, que levará até a cidade o compositor Onildo Almeida, de 89 anos, com uma aula espetáculo, no Centro Cultural Alfredo Leite, no dia 21 de abril, às 19h. 

Durante aproximadamente 90 minutos, ele mostrará curiosidades de bastidores da parceria que firmou a vida inteira com Luiz Gonzaga, circunstâncias nas quais foram compostas algumas obras, além de cantar alguns desses sucessos imortalizados na voz do Lua, que tanto contribuiu para a formação musical e artística de José Domingos de Moraes. 

Onildo é autor de sucessos eternizados na voz de Luiz Gonzaga, como : ‘A Feira de Caruaru’, ‘A Hora do Adeus’, ‘Aproveita Gente’, ‘É Noite de São João’, ‘Sanfoneiro Macho’, ‘Só Xote’ e entre tantas outras, a música que homenageia Garanhuns ‘Onde o Nordeste Garoa’. Inclusive, o compositor, natural de Caruaru, já recebeu da Câmara Municipal de Garanhuns o título de ‘Cidadão de Honorário’. 

A realização do ‘Aproveita Gente’ é do Inordecom (Instituto do Nordeste em Defesa do Consumidor), presidido por Kaic Rannys e que tem Eva Gomes como diretora Executiva. O programa de rádio e o ‘Falando com o Agreste’ são parceiros do evento, que também conta com o apoio da Prefeitura de Garanhuns.
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RÁDIO: LEI QUE FLEXIBILIZA HORÁRIO DE A VOZ DO BRASIL PASSA A VALER NESTA QUINTA (5)

O programa A Voz do Brasil, que está há mais de 80 anos no ar, poderá ser veiculado pelas emissoras de rádio no intervalo das 19h às 22h e não mais obrigatoriamente das 19h às 20h. A lei que flexibiliza o horário foi sancionada hoje (4) pelo presidente Michel Temer, em cerimônia no Palácio do Planalto.

O programa transmite as ações dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário federais. As informações vão ao ar de segunda a sexta-feira, exceto nos feriados. O material referente ao Executivo é produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

O projeto de lei tramitou no Congresso durante cinco anos. O texto aprovado mantém o atual horário de transmissão para as emissoras educativas. Prevê ainda que o Poder Executivo regulamente casos excepcionais de flexibilização e dispensa de retransmissão do programa.

O texto ainda determina que as emissoras de rádio informem aos ouvintes, às 19h, o horário em que vão transmitir A Voz do Brasil.

Temer lembrou que o programa foi criado à época do Estado Novo e que hoje a realidade do acesso à informação é outra. Segundo o presidente, a flexibilização é também um gesto de modernização. “A imprensa livre no nosso país é uma coisa fundamental. A Voz do Brasil é importantíssima, mas não poderíamos impedir que as emissoras de rádio tivessem a liberdade de localizar no melhor horário, dentro daquilo que foi definido”, disse.

Para o presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Paulo Tonet, a flexibilização representa um avanço para as emissoras de rádio e vai dar à população o direito de escolher em que horário prefere ouvir o programa. “A partir de agora, esse direito será exercido de fato. Flexibilizar A Voz do Brasil é também dar às rádios a chance de conquistar mais ouvintes e anunciantes”, disse Tonet no discurso. Durante a cerimônia, o presidente Temer assinou decreto que atualiza a regulamentação da profissão de radialista.

Durante a tramitação no Congresso Nacional, a proposta de flexibilização provocou muita discussão. Os defensores da manutenção do horário de veiculação afirmaram que a flexibilização significa o enfraquecimento de A Voz do Brasil, que traz informações sobre políticas públicas. Já favoráveis argumentaram que o programa não vai acabar, apenas permitir que as rádios veiculem outras transmissões, como informações de trânsito, entre as 19h e as 20h.

Programa de rádio mais antigo do país e do Hemisfério Sul ainda em execução, A Voz do Brasil completa 83 anos em 2018. Começou em 1935, na época do Estado Novo, da Era Vargas. Inicialmente, chamava Programa Nacional. Em 1938, a veiculação passou a ser obrigatória nas rádios, com o horário fixo das 19h às 20h, e o nome mudou para A Hora do Brasil.

O nome A Voz do Brasil foi adotado a partir de 1971. Ao longo dos anos, passou por reformulações. Em 1998, por exemplo, foi incluída uma voz feminina na locução. Dados de 2016 apontam que A Voz do Brasil alcançava cerca de 60 milhões de brasileiros e era transmitida em todas as emissoras de rádio do país.

Em 1995, A Voz do Brasil entrou para o Guinness Book como o programa de rádio mais antigo do país.

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NOA: UMA VOZ, UM VIOLINO PARA SE OUVIR COM A ALMA

NOA significa “descanso”, “repouso”, “consolação”, “de longa vida”. 

Noa é um nome bíblico que  surge a partir da forma No'ah, o qual decorre da palavra noach, que significa "descanso", “repouso”, de modo que esse nome predominantemente feminino carrega consigo o sentimento de alívio. O nome está presente nas Escrituras Sagradas.

Conheci o trabalho artístico de Noa numa viagem a Recife-Pernambuco. Noa é o nome artístico de Lia Gesta, a mesma pessoa demarcada por um nome que resguarda a essência de quem a cria. Noa possui uma voz única e na companhia do violino é a própria luz do sentimento, talento e humanidade.

O jornalista Mário Tavares definiu que Noa respira música e cultura. Noa é cantora e violonista. Noa é quem dá voz e alma ao que se passa no interior da Lia. É quem traz para o dia o que é gerado na noite da Lia. É quem dá à luz o que a Lia concebeu. Aos 6 anos ingressou no ballet clássico onde aos 16 anos terminou o Curso pela Royal Academy of Dancing.

O gosto pelas artes fez caminhar para concluir Mestrado de Estética Literária. Nas entrevistas costuma dizer que não sabe ao certo qual o seu gênero musical, visto as influências que surgiram de vários aspectos musicais e atemporais.

Amante da música brasileira e jazz clássico recentemente Noa esteve com o sanfoneiro cantor e compositor Targino Gondim. Aliás, que sentimento quando o violino de Noa encontra a sanfona do Targino Gondim e juntos mostram a harmonia, ritmo e melodia da canção Esperando na Janela.

Noa gravou a música "De Volta pro meu aconchego", um clássico interpretado por Dominguinhos, Elba Ramalho, para citar os dois nomes da música brasileira.
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Sim, é de emoções que falamos porque todos as vivemos de uma forma ou de outra: o desapego, o “ir embora”, a saudade, o “voltar”, a paixão, o amor… são estas situações que unem quem canta e quem ouve", revela Noa.

Noa gravou Cicatriz. É o segundo álbum materialização das marcas gravadas pela vida. São músicas cicatrizadas ou talvez não. No cd Cicatriz você vai ouvir temas sempre ternos em reverência a autores supremos da cultura brasileira, portuguesa e chilena.

Uma cicatriz universal, pois, é possível partilhar sentimentos e vontades ao ouvir a voz de Noa, cantando o que há muito foi cantado por outros onde a poesia de um é eco, grito, silêncio do outro.

Cicatriz surge neste 2018 com um escavar ainda mais profundo revelando um cruzamento entre o fado e a música brasileira, universal.

Noa é para se ouvir com a Alma.
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