A vida é uma cópia da expressão da alma e a alma percorre caminhos que devem irrigar a Fé

O caminho, a estrada, rodovia que liga Exu-Pernambuco ao Crato-Ceará as paisagens agem e ardem em eco.

Ao caminhar, ao subir a Serra do Araripe, a sensação é de ser criança que não pode enumerar nem definir as belezas do caminho. Sou conduzido por minutos sem exclamações de qualquer natureza, extasiado embora com as magnificências da paisagem.

Na Chácara Frei Damião, um pedaço de Exu, acreditei ver constelações acima: sagitário, o cruzeiro do sul, ursa maior, as três marias ou o cinturão de órion.

Era a primeira vez que estava ali, mas havia a sensação de já ter percorrido aquela estrada, o caminho das almas e sabia detalhe a detalhe, como se já tivesse vivido um longo processo de aperfeiçoamento espiritual.

A sensação era das dúvidas já vividas dos caminhos do coração!

Conheci seu Raimundo de Souza Sobrinho e dona Rosa Joaquina. Ouvi muito e recolhi-me ao silêncio da simpatia e gratidão por aquele encontro. Autêntico aprendizado de uma companhia que só transmitiu riquezas.

Entre os fatos vividos pelo casal consta uma "dança de forró ao som da sanfona dO 8 Baixos tocado pelo pai de Luiz Gonzaga, seu Januário". Seu Januário morreu em 1978. A idade de Rosa e Raimundo revela 170 anos de vida. Numa conversa curta aprendi que a vida é um grande sertão e possui um trajeto antes do mar imenso ser atingido.

Meditei nos problemas dos caminhos humanos e refleti sobre o interesse de seu Raimundo pela música de Luiz Gonzaga.

A vida é uma cópia da expressão da alma e a alma percorre caminhos mais variáveis e etapas diversas. Dessa vez alcancei o ensinamento da espiritualidade. Seu Raimundo e Dona Rosa são operários da Vida...irrigaram minha alma. Irrigaram minha Fé e Força!

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Maciel Melo: os riscos da palma da mão e a sina de cantador Aldy Carvalho

São Paulo 10 de setembro de 2017.

Primavera de 1978. A juventude à flor da pele, mil dúvidas na cabeça e uma única certeza: tocar um instrumento. Era apenas um rapaz vindo do interior em busca de alguma coisa que não sabia o que era. As sombras de uma repressão estúpida escondiam as ínfimas réstias de luz que teimavam reluzir nas minúsculas brechas que se abriam, a golpes de resistência, nos auditórios colegiais ou nos escassos salões paroquiais, onde nos reuníamos em grupos de jovens e adolescentes, dialogando entre a rebeldia e a razão, para falarmos de poesia, de sonho, de som, e cantar coisas que causassem algum rebuliço no conformismo daqueles que calavam, por medo ou por alienação. 

Cinco anos depois, eis que chega a Petrolina, cidade à beira do rio São Francisco, um cantador que cantava assim: “Eu vejo a vida pelas léguas que andei, e aquarelas são as estradas que já passei. Comigo carrego o tempo, moinho a girar cata-vento e o destino se põe ao meu olhar. No meu alforje trago as cartas tal qual os riscos da palma da não. Eu conheço os olhos dos tiranos, eu conheço o riso dos profanos, tenho a alma de um cigano e a sina de um cantador...” . 

Não sei porque cargas d’água eu achava que ele havia escrito aquilo para mim, acho que por identificação. Alimentei isso durante trinta e três anos, até que nos reencontramos agora, na imensidão da maior cidade da América Latina, que me inspirou a fazer a canção que fez de mim um esterno Caboclo Sonhador. 

Agora a confirmação veio: a música era de fato pra mim: Aldy Carvalho, esse é o nome do cavaleiro andante que me trouxe em 1984 para um concerto no auditório da Funarte. Aldy, eterno "muso" de Lenir, que por sua vez seria fonte de inspiração para suas cantorias. Um poeta, um cidadão, um amigo, um menestrel de linhas retas e de curvas abissais. Metódico como todo ser que zela pelo verdadeiro sentido da palavra “humano”. 

Lenir preparou uma feijoada para me receber. É meu prato predileto. Se alguém quiser me agradar em uma visita, já sabe: Esse é o “menu”. O sal estava no ponto, a cerveja estupidamente gelada, a paz reluzia na tinta das paredes e Nino, um pássaro da espécie calopsita de origem australiana, alegrava a nossa tarde à beira de um fogão de lenha, em plena terra da garoa.

 São Paulo de Adoniran Barbosa, de Rita Lee e de Arrigo Barnabé. São Paulo de Mário de Andrade, Arnaldo Antunes, Augusto de Campos, Álvares de Azevedo e Renato Teixeira. São Paulo de sonhos concretos, de poemas verticais e de rimas rasantes soltas pelas esquinas que saem do negrume do asfalto, se infiltram pelas pilastras, sobem pelos vergalhões dos edifícios e vão brotar flores nos travesseiros daqueles que ainda sentem algum tipo de arrepiação quando ouvem uma música ou um poema qualquer. 

Hoje, volto à maior metrópole do meu país, depois de ter conquistado o carinho e o respeito do povo de minha terra.  Agora, sim. Pode me chamar de cafona, eu gosto é de sanfona, de poesia e futebol. Viva o Brasil, e não vamos deixar que ele se retalhe em malas e maletas de políticos corruptos, inescrupulosos, sem nenhum compromisso com a nossa pátria. Ainda somos um povo heroico, bravo e retumbante.

Salve, salve, oh meu Brasil de sonho intenso e raios vívidos.
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Estudantes e voluntários promovem limpeza do Rio São Francisco

A limpeza das margens do rio São Francisco foi a proposta do movimento promovido pelo Grupo de Jovens da Comunidade Espírita Juazeiro, estudantes da Uneb, Abelha Viva, UPE e diversos moradores que se tornam voluntários em defesa do Rio São Francisco e realizaram na manhã de ontem, domingo (10), "O Faxinão no Rio São Francisco". A concetração foi no bairro do Angari e percorreu toda a orla de Juazeiro.

A reportagem do blog Geraldo José participou do evento e constatou que existe o “Monstro do Lixo” nas margens do Rio São Francisco. Sacos plásticos, latas de refrigerantes, telefones velhos, garrafas, pilhas, restos de cigarros, latas de oleo, copos descartáveis, cascas de coco, papel, papelão, fezes de animais. 

A estudante Juliane Lacerda, uma das coordenadoras do evento, disse que a idéia "é muito mais ideológica, pois pretende conscientizar para a preservanção do Velho Chico e assim adotar um novo olhar para ajudar a recuperar o rio São Francisco".

Os organizadores do evento revelam que o objetivo é chamar a atenção da população e das autoridades para o problema da poluição do Rio São Francisco e alternativas de desenvolvimento para a região.

"Infelizmente assistimos aqui as agressões provocadas pelas ações humanas. A destruição das matas ciliares, uso excessivo de agrotóxicos, pesca desordenada, lançamentos de esgotos e do lixo produzidos são apenas algumas que já se tornaram uma triste realidade que acontece nas margens do Velho Chico”, diz Juliane.

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Alvaney Reis Pires: Toyama-Tec distribuidor autorizado de peças e serviços

Agora em novo endereço, Toyamac-Tec, atende na  Avenida Sete de Setembro, 366, possui o comprometimento com clientes, fornecedores, colaboradores, proporcionado  com que a marca TOYAMA seja a líder nos segmentos de mercado em que atua. 

Na região do Vale do São Francisco, o empresário Alvaney Reis Pires diz que a variedade da loja atende aos consumidores, oferecendo aos clientes, produtos qualificados no mercado de trabalho, exemplo da Toyama, Stihl, Yanamar, Agrale, produtos que possuem tecnologia que superam as expectativas, aliados a um excelente custo e benefício.

No Brasil, a TOYAMA está presente desde 1997. "Trabalhamos com as melhores ofertas. Petrolina, Juazeiro e região são referências na área agrícola, cultural e econômica, por isto a Toyama e nossos serviços de atendimento, distribuição, serviços e peças de maior qualidade acompanham este desenvolvimento", disse Alvaney.
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IF-Sertão: Experimento mostra na prática efeitos das deficiências nutritivas em cultivos

Como saber o que a ausência de cada nutriente provoca em uma planta? Como identificar pelas características das folhas ou raízes as deficiências do vegetal? Aprender acompanhando na prática. Esse é o principal objetivo da experiência desenvolvida pelo professor doutor Cícero Antônio, junto a uma turma do curso de Agronomia do campus Petrolina Zona Rural do IF-Sertão-PE. 

Para além da teoria, o grupo da disciplina Química e Fertilidade colocou os ensinamentos na prática e desenvolveu um experimento através do cultivo do maracujá, pimentão, coentrão, tomate e couve, no qual é possível observar o que a deficiência de doze diferentes nutrientes provoca em cada vegetal.

“Aqui nós temos um vaso com todos os nutrientes e, sucessivamente, um vaso com menos um nutriente, como nitrogênio, fósforo, potássio, ferro, cálcio, enxofre. A gente observa os efeitos de cada deficiência de cada nutriente e passamos a identificá-los na prática, principalmente os mais essenciais”, explicou o estudante João Batista. 

A turma foi dividida em equipes e cada uma ficou responsável por um cultivo: maracujá, coentrão, pimentão, couve e tomate. Os estudantes atuam desde o início, quando há o transplante das mudas do solo para a hidroponia, sendo assim mais fácil de controlar o balanceamento nutritivo, até o momento de identificação dos sintomas, que incluem a deformação ou coloração diferenciada das folhas, ausência de crescimento ou sustentação, dentre outros.

De acordo com o professor Cícero Antônio, o objetivo desse trabalho é construir no estudante a competência e a habilidade para que ele seja capaz de chegar em uma área e identificar as carências que estejam acontecendo naquele local. 

“É de suma importância para a vida prática, porque quanto mais rápido no campo ele identificar o nutriente que está ausente e limitando a produção, mais rápido ele entra com o controle, com a correção e menor impacto vai ter na queda de produção.O fato dele ter manipulado desde o início, vendo o sintoma, jamais ele vai esquecer”, afirmou. 

Fonte: Ascom-IF-Sertão-Ines Guimaraes
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Ademar Freitas: um cidadão apaixonado pela história do Rádio

O mês de setembro é dedicado ao rádio. O rádio foi patenteado pelo cientista e inventor italiano Guglielmo (Guilherme) Marconi, no início do século 20. A primeira transmissão oficial radiofônica no Brasil aconteceu no dia 7 de setembro. Todavia uma linha de pesquisa registra que a pioneira na América Latina é a Rádio Clube de Pernambuco fundada em Recife no dia 7 de abril de 1919.

Apesar de sua reconhecida importância no Brasil, o Rádio tem sido objeto de poucas publicações. Nem mesmo a expansão dos cursos de graduação e a consolidação dos mestrados e doutorados modificaram de forma significativa essa situação.

Na região do Vale do São Francisco, Ademar Mariano de Freitas, nasceu há 74 anos em Casa Nova, Bahia. Mora em Petrolina desde os 10 anos. Desde a infância é apaixonado por Rádio. Éle é merecedor de um capítulo a parte no quesito guardar a história do Rádio e contribuir com o conhecimento das novas gerações.

"Seu Ademar" é de fato um historiador é merecedor de todas atenções e de  uma publicação sobre sua paixão através das ondas hertzianas. Explica-se: Ademar é colecionador de Rádio. São mais de 60 aparelhos e cada um deles recebe depoimentos memorialísticos sobre ano, origem e o nome dos principais programas das emissoras de rádio.

A casa de "Seu Ademar", sem exagero, podemos informar: é um Museu. Um Centro de Cultura e Memória do Rádio...

Os Rádios estão espalhados na casa. Na sala, na cozinha e até no quarto."Já o conheci com Rádio. Casamos e hoje cada filho ganhou um desses rádios bem antigos para perpetuar o amor, a paixão pelo Rádio", revela Maria de Lurdes Lima Freitas, sorriso largo e amigável  ressalta que um dos programas mais apreciados são os da Madrugada da Globo, Rio de Janeiro, e os transmitidos na Rádio Nacional. "Os regionais preferimos os que falam dos baiões de luiz Gonzaga", revela dona Lurdes, ressaltando que são mais de 50 anos casados. "uma sintonia perfeita de felicidade e muita comunicação".

Muito organizado "Seu Ademar" possui até uma oficina para "cuidar", consertar, fazer reparos nos rádios quando necessário. Ele mesmo enfrenta a empreitada. Detalhe: todos os rádios estão funcionando perfeitamente.

Na coleção é possível encontrar Rádios da década de 40 e 50 e lógico os mais modernos, sintonia em FM. "Já adquiro até a aquele que tem pen-drive", diz Ademar. Ainda encontramos os raros ABC A Voz de Ouro, Transglobe-9 faixas, Semp, Caravelle, Motoradio, Philco 8 faixas. Dezenas deles são a valvulas. 

"Seu Ademar" possui pelo Rádio um sentimento de companheiro e amigo. Estabele com os receptores uma oportunidade, vários presentes permanentes de recriar o ambiente mágico, imagético, cumplicidade e também demonstra carinho, fidelidade e agredecimento pelo maior veículo de comunicação do brasil: o Rádio. 
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Policia Rodoviária Federal intensifica fiscallização nas Brs

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) iniciou, a Operação Independência, com objetivo de diminuir o número e a letalidade dos acidentes nas rodovias, além de garantir a segurança e a fluidez do tráfego durante o feriado de 7 de Setembro.
 
A operação vai se estender até as 23h59 do próximo domingo (10/9). Nesse período, policiais rodoviários também reforçarão a fiscalização nos trechos que contêm maior índice de crimes e acidentes. 

Neste ano, como se espera um feriado mais movimentado em virtude da proximidade com o fim de semana, foi elaborado um esquema especial que leva em consideração os pontos mais críticos de acidentes graves no ano de 2017 e a existência de alguns eventos simultâneos no interior do estado. De acordo com quadro elaborado pela PRF, as BRs 101, 116, 324 e 110 e 407 nessa ordem, são as rodovias federais no estado onde mais ocorrem acidentes considerados graves, aqueles em que há pelo menos um ferido grave ou um morto.

A região de Feira de Santana, onde acontece até domingo a XLII EXPOFEIRA – Exposição Agropecuária de Feira de Santana, realizada no Parque de Exposições do município, receberá reforço no efetivo, uma vez que o evento se desenvolve às margens da BR 324 e altera significativamente a dinâmica do trânsito na área.

A região de Serrinha, na BR 116, também receberá reforço no policiamento e na fiscalização, por conta da Vaquejada de Serrinha, evento que atrai milhares de participantes e provoca aumento no fluxo tanto na BR 116 quanto nas demais rodovias próximas.

Em Paulo Afonso, também neste final de semana, acontece a Copa Vela, evento que atrai pessoas de outras cidades e até de outros estados para a cidade, causando um crescimento no movimento da BR 110. Haverá direcionamento de efetivo para garantir segurança e fluidez ao moradores e visitantes.

Além dos pontos com eventos simultâneos, haverá atenção especial e reforço nas Delegacias de Senhor do Bonfim, com a presença do Grupo de Motociclistas da Regional (GMR); na Delegacia de Vitória da Conquista e de Eunápolis, pontos que, de acordo com o levantamento de acidentes, precisam de atenção especial. 

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