Festa de Bom Jesus dos Navegantes de Penedo,Alagoas, terá peixamento no Rio São Francisco

Espécies nativas da bacia hidrográfica do rio São Francisco que há décadas estavam desaparecidas das águas do Baixo São Francisco, a exemplo da matrinxã e da curimatã-pioa, serão inseridas no “Velho Chico” durante o tradicional peixamento realizado pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) na Festa de Bom Jesus dos Navegantes de Penedo, em Alagoas. O repovoamento será realizado no próximo domingo, 08 de janeiro, às 10 horas, com concentração no Porto das Balsas no Centro Histórico de Penedo.

Segundo o engenheiro de pesca Paulo Pantoja, chefe do Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Itiúba da Codevasf, o peixamento realizado na Festa de Bom Jesus dos Navegantes de Penedo integra o programa anual de repovoamento da bacia hidrográfica do rio São Francisco com espécies nativas, ação que busca aumentar a quantidade e a variabilidade de espécies nativas.
Nenhum comentário

Platão e o Poder da música que imita os estados da alma

Como se sabe, Platão condena os poetas no livro III de sua República. Se, por um lado,  tem Homero em alta conta, por outro, expulsa os poetas da cidade ideal. Essa aparente contradição, em que admiração e interdição convivem, revela os poderes consideráveis que o filósofo atribuía às artes.

Os poetas são expulsos porque são traiçoeiramente sedutores. A obra de Homero pode ser deslumbrante, produto de um grande criador, mas não serve para edificar um povo. 

À época de Platão, os jovens eram educados por meio das epopeias homéricas. Ouviam-nas todos os dias e delas extraíam parâmetros de conduta, noções de honra, nobreza, beleza e bondade. Atuando no plano afetivo, cognitivo e comportamental, as artes deviam servir a determinadas funções sociais.

Deve-se ter em mente que, para Platão, o mecanismo psicológico da empatia descarta o filtro da razão. Ao se dirigir à parte sensível e irracional da alma, à sensibilidade e à afetividade, a imitação de tipos extremados alimenta no espectador sentimentos ruins, quando, nos termos do filósofo, o melhor seria deixá-los “secar”.

A alma é, assim, ameaçada por sua parte irracional. Acaba por fortalecer emoções indesejadas, que deveriam ser mantidas em sleep mode.  É por isso que devemos expulsar da cidade os poetas cuja arte, por suas formas e conteúdos, sustenta e desenvolve a face sombria do homem. O prazer não é, em definitivo, um bom critério de avaliação das artes – outros valores tomam-lhe a dianteira.

Na Antiguidade, a música possuía uma função catártica, de purificação. Colocava o corpo em equilíbrio, harmonizando-o com a ordem cósmica, preparando-o para a aparição do divino. Possuía também uma função mimética e indutora: se a poesia imitava os homens em ação, a música imitaria os estados de alma, suas emoções e virtudes. A cada modo musical atribuía-se um éthos, um caráter específico que o ouvinte associava de imediato a um significado psíquico, que poderia infundir ânimo e potencializar virtudes do corpo e do espírito.

Platão submete a música ao mesmo exame severo ao qual estão sujeitas as outras artes. Na visão do filósofo, existem harmonias boas e más, ritmos bons e maus. Certos modos (o lídio ou o jônico) devem ser censurados porque amolecem a alma; outros (o dórico ou o frígio) devem ser incentivados, pois exaltam a alma e inspiram coragem.

Alguns ritmos chegam a ser proibidos, assim como certos instrumentos e inovações musicais. A ideia central da concepção platônica é resumida numa fórmula célebre e ainda hoje impressionante, justamente pelo poder que concede à música: “Introduzir uma nova forma de música, eis uma mudança da qual devemos nos precaver como de um perigo global. É que em lugar algum alteram-se os modos da música sem que se alterem as leis mais importantes da cidade.”

Ao contrário do que ocorre com a poesia, a música atua sobre as almas não pelo viés da empatia, mas de uma maneira subconsciente. Coloca em cena um novo tipo de influência, perigosamente eficaz. Porque nada mergulha mais fundo no cerne da alma do que os ritmos e as harmonias.

Em um de seus últimos escritos, As Leis, o filósofo afirma que os cantos e as danças permitem acalmar os desequilíbrios emocionais, ensinam a dominar as manifestações somáticas dos afetos e das paixões. De todas as artes, a música é, sem dúvida, aquela cujos efeitos são os mais profundos e insidiosos.

Fonte: Fonte: Paulo da Costa e Silva é músico, pesquisador e doutor em Letras. Coordenou a Rádio Batuta, do Instituto Moreira Salles.
Nenhum comentário

Cúpula da Cachaça se reúne de 27 a 29 de janeiro em Minas Gerais

O ano de 2017 já começa em velocidade total para o mercado da cachaça. Além de diversos cursos marcados pelo Brasil, há o encontro de cachaciers na fazenda-escola Cana Brasil, em Itaverava (MG), já em meados de janeiro. Neste encontro, todos os alunos formados pela escola se reúnem para discutir os rumos da profissão e outros assuntos pertinentes ao mercado da branquinha, com mesas redondas, debates e palestras.

O mês segue com a realização da V Cúpula da Cachaça, com parceria e cobertura exclusiva do Paladar. De 27 a 29 de janeiro, diversos temas pertinentes à bebida nacional serão discutidos em profundidade pelos membros do grupo – ou “cúpulos”, como os treze integrantes se auto-entitulam e do qual tenho muito orgulho em fazer parte.

Além disso, este ano, a Cúpula terá, pela primeira vez, uma grande mesa de discussão formada por diferentes convidados. A ideia é ampliar e envolver mais pessoas do mercado no debate sobre os temas importantes para a bebida. Essa mesa será realizada no dia 28 (sábado), à tarde; os nomes dos convidados serão anunciados em meados deste mês.

A Cúpula da Cachaça surgiu em 2012 com a missão de valorizar a bebida, um patrimônio brasileiro, e de ajudá-la a conquistar o mundo. Tudo começou com um encontro marcado: um grupo de amigos, especialistas em cachaça que se encontravam em eventos Brasil afora, planejaram uma reunião em que pudessem debater, com a devida calma, os diversos temas pertinentes à bebida nacional brasileira.

“A riqueza dos debates da Cúpula vem, claro, da experiência de décadas dos integrantes do grupo. Mas, sobretudo, de uma coisa que a gente preza muito, que é a diversidade de formações e visões. Até nisso a gente está afinado com o universo da cachaça”, diz o presidente da Cúpula, Milton Lima, se referindo à variedade de sabores do destilado nacional brasileiro.

Para sua quinta edição, o evento já definiu oito temas de interesse geral que entrarão em discussão em mesas específicas. Entre eles estão: 1. Imagem da cachaça, como trabalhar? A consolidação de uma cultura; 2. Novas regras para o envelhecimento da cachaça; e 3. Cachaça industrial x artesanal: disputa ou complementariedade? A programação completa será publicada nos próximos dias.

A Cúpula também elege nesse encontro o seu presidente, que ficará no cargo até 2019, tendo o desafio duplo de substituir o presidente pioneiro, Milton Lima, e de comandar o III Ranking Cúpula da Cachaça, o maior e mais abrangente do setor, a partir do segundo semestre de 2017.

Em tempo: a Cachaçaria Macaúva, sede da Cúpula, estará aberta com sua carta premiada de cachaças e com programação especial durante todas as noites da Cúpula. Os 13 profissionais de diversas áreas que integram o grupo estarão presentes, confraternizando e trocando ideias com todos aqueles que quiserem visitar a sede do evento.

Fonte:  Mauricio Maia-Jornal Estadão
Nenhum comentário

Amazan toma posse como prefeito, mas diz que não vai largar a sanfona

Empossado no último domingo como prefeito de Jardim  do Seridó, no Sertão do Rio Grande do Norte, o poeta, sanfoneiro e empresário campinense José Amazan Silva, ou simplesmente Amazan, disse que pretende conciliar a atividade de gestor público com a de artista que o tornou reconhecimento em todo o Nordeste.

Amazan foi eleito pelo PSD em outubro passado. Ele disse que reuniu secretários e vereadores ligados à coligação que o elegeu, para começar a primeira semana planejando as ações que serão desenvolvidas durante seu primeiro mandato na cidade do sertão potiguar, próxima à divisa com a Paraíba.

Ele disse que está encarando o mandato conquistado em outubro de 2016 como “um grande desafio”, mas está trabalhando para executar os projetos que anunciou aos eleitores durante a campanha do ano passado. Amazan explicou que, apesar de ter sido gerado em Jardim do Seridó, nasceu em Campina Grande. Depois voltou àquela cidade do Rio Grande do Norte, onde passou a infância, voltando a morar na Rainha da Borborema.

Mesmo morando em Campina Grande o artista, que também é proprietário da primeira fábrica de sanfonas do Nordeste, Letice, sempre visitou Jardim do Seridó. Ele disse que seu nome surgiu como opção para uma candidatura a prefeito há cinco anos. Não obteve êxito na primeira postulação em 2012, mas em 2016 conseguiu chegar à prefeitura com apoio do governador Robinson Faria. Foi eleito com 4.600 votos (51,13%).

Amazan pretende continuar sua atividade artística como sanfoneiro e compositor e se apresentando em eventos pelo Nordeste, e deve se apresentar no Maior São João do Mundo de 2017. Ele explicou que a prioridade será a prefeitura de Jardim do Seridó, durante quatro anos, mas sua carreira artística continuará paralela à de gestor municipal. Sua atividade de prefeito será durante o dia de segunda a sexta-feira. As noites e os finais de semana estarão livres para a agenda artística.
Nenhum comentário

Presidente da Codevasf Brasília visita Petrolina e Juazeiro

A  presidente da Codevasf- Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) , Kênia Marcelino, visita o polo Petrolina/Juazeiro até quarta-feira (04)

Na sede da Superintendência Regional da Codevasf em Petrolina, foi assinado um Acordo de Cooperação Técnica envolvendo recursos da ordem de R$ 4,5 milhões com a Prefeitura de Petrolina, com o objetivo de promover ações de universalização do acesso à água em áreas rurais do município para consumo humano e produção agrícola.

O evento faz parte de agenda de trabalho da presidente da Codevasf, Kênia Marcelino, no polo Petrolina/Juazeiro até quarta-feira (04), que inclui também assinatura de ordens de serviços para implantação de sistemas de irrigação comunitária e construção de pátios de múltiplo uso que beneficiarão cerca de duas mil pessoas de comunidades rurais do município. Também está previsto uma reunião com representantes dos trabalhadores rurais assentados no Sistema Itaparica.

Fonte: Assessoria de Comunicação e Promoção Institucional da Codevasf
Fone: (61) 2028 – 4758 /4448
E-mail: imprensa@codevasf.gov.br
Gmail: imprensa.codevasf@gmail.com
Facebook: https://www.facebook.com/Codevasf

Nenhum comentário

Francisco Josè: do Crato para o Mundo

Um dos maiores nomes do jornalismo brasileiro, o repórter Francisco José celebra os mais de 40 anos de carreira com o lançamento de um livro. A produção reúne histórias e situações do cotidiano do repórter, nascido no Crato, Ceará, e radicado em Pernambuco, que acumula no currículo mais de duas mil reportagens pelo Brasil e nos cinco continentes do mundo. O livro ‘40 anos no ar’ reúne momentos marcantes e tensos da trajetória jornalística de Francisco José, como a cobertura da Guerra das Malvinas, conflito militar entre Argentina e Reino Unido, em 1982, quando foi um dos poucos jornalistas estrangeiros infiltrados no campo de batalha.

Sobre a estreia no jornalismo, Francisco explica que começou a carreira no esporte, especializando-se depois em temas culturais, sociais e ambientais. “Eu corrigi a estatística do Campeonato Pernambucano de Futebol, que tinha muitos erros, e mandei para o jornal. O editor de esportes, logo após, me convidou para participar de uma coluna que ele tinha na rádio. Foi assim que comecei. Eu era muito ligado a esportes e o começo de minha carreira foi no esporte”, disse. Ao longo dos anos, ele cobriu seis Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

“Eu acho que as reportagens mais difíceis são as que se tornam melhores. Para mim, quanto mais difícil, mais importante de se fazer”, explicou. No livro, Chico também relata a cobertura de um dos primeiros grandes assaltos a banco ocorridos no Brasil, na década de 1980, em que se ofereceu para substituir uma refém e foi levado como prisioneiro pelos assaltantes, em uma perseguição que durou horas pelas estradas nordestinas.

Outra passagem narrada no livro fala sobre a reportagem sobre a visita histórica do papa João Paulo II à Coréia do Sul e à Tailândia, em 1984. Toda a renda arrecadada com a venda dos livros será diretamente repassada para a Fundação Terra, do Padre Airton, que realiza projetos de assistência social e em saúde em Pernambuco. “Eu acompanho o trabalho desse padre há mais de 20 anos, eles fazem um trabalho maravilhoso, completamente a partir de doações”, disse Chico.
Nenhum comentário

2017: discos cada vez mais raros

Discos de Vinil, Rádios, Feira das cidades do interior. Três paixões que tenho. Coloquei aqui dois discos selos originais, raros, estes fazem parte da minha coleção de Música, vida e obra de Luiz Gonzaga. Detalhe: percebam escrita Rosil, data 10-07-1967, ele perterceu a Rosil Cavalcanti, parceiro, compositor de Luiz Gonzaga e de Jackson do Pandeiro. O que impressiona? No dia 10 de julho de 1968 Rosil Cavalcanti morreu. Percebam o valor das datas...a assinatura é exatamente um ano antes dele falecer!

Rosil Cavalcanti é o autor de centenas de clássicos da música brasileira. Sebastiana, Aquarela Nordestina, Saudade de Campina Grande, Amigo Velho, Faz Força Zé...Rosil de Assis Cavalcanti nasceu em Macaparana,
PE.  Eu tive a honra de conhecer na década de 90, a viúva de Rosil, Maria das Neves-Dona Nevinha...

A capa desse disco vinil consta no livro biografia do músico pernambucano Rosil Cavalcanti. O livro “Pra Dançar e Xaxar na Paraíba: Andanças de Rosil Cavalcanti”, de  Rômulo Nóbrega e José Batista Alves, tem prefácio de Agnello Amorim.
Radialista, humorista, percussionista e compositor, Rosil Cavalcanti era radicado na Paraíba, foi autor de obras clássicas da música  brasileira, na voz de Jackson do Pandeiro, Marinês e Luiz Gonzaga, dentre outros intérpretes nacionais.

A biografia de Rosil Cavalcanti foi lançada em 2015 uma homenagem ao seu centenário de nascimento, 47 anos depois de sua morte, em 1968, aos 53 anos de idade, em Campina Grande, onde viveu a maior parte de sua vida e se projetou no Brasil.

O livro “Pra Dançar e Xaxar na Paraíba”, 444 páginas, editado pela gráfica Marcone, é enriquecido com vasta iconografia do biografado, suas fotos desde a infância, juventude, a vida de casado, em programa de rádio no papel do famoso personagem Capitão Zé Lagoa, além de imagens de Rosil com colegas de trabalho, artistas, músicos, suas caçadas e pescarias, capas e selos de discos.


Nenhum comentário

← Postagens mais recentes Postagens mais antigas → Página inicial