Comunidades festejam 34 anos sacerdócio de Padre Antonio

Padre Antonio de Jesus Moreno completou 34 anos de sacerdócio. As comemorações foram realizadas neste final de semana. Houve celebração de uma Missa em Ação de Graças e confraternização.

Fieis ligados as paróquias, movimentos sociais e sindicatos estiveram presentes. Padre Francisco destacou a trajetória de vida e obra de fé 
 que liga Padre Antonio ao setor de educação.


Natural do Maranhão. Antonio Moreno exerceu ministério nas paróquias Nossa Senhora das Dores em Petrolina, Paróquia São José, (Dormentes, PE) e São João Batista (Afrânio, PE), Paróquia São João Batista, João de Deus, Petrolina,  Paróquia Santa Teresinha (Cohab VI, Petrolina, PE);e Igreja do Bairro José e Maria.

Atualmente, Padre Antonio é diretor da Escola Dom Bom Bosco.

Padre Antonio é doutor em Ciências da Educação pela Universidade Pontifícia Salesiana de Roma, Itália, tendo defendido tese sobre “Educação Profissional e Tecnológica em uma Estratégia de Desenvolvimento Local”. Mestre em Ciências da Educação pela Universidade Pontifícia Salesiana de Roma, Itália;  Mestre em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, Itália; Especialista em Gestão do Desenvolvimento Local pelo Centro Internacional de Formação, OIT (Organização Internacional do Trabalho), Torino, Itália.

Em abril de 1991 ingressou através de concurso no Instituto Federal do Sertão- quando ainda era Escola Agrotécnica Federal Dom Avelar Brandão Vilela. Aposentou-se em julho de 2015.

Militante político de fortes convicções democráticas e populares, exerceu o mandato de vereador pelo Partido dos Trabalhadores no período de 2001 a 2004, destacando-se na luta pela implementação do Estatuto das Cidades e Reforma Urbana em Petrolina. Militante de movimento estudantil e popular em Recife e Petrolina desde o ano de 1976.
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Maroca, Poroca e Indaiá: as ceguinhas de Campina Grande, Paraíba

Maroca, Poroca e Indaiá. Amanheci pensando nelas. Três irmãs cegas que cantavam no centro de Campina Grande, Paraíba, pedindo esmolas, na esquina da antiga e hoje extinta Livraria Pedrosa.

Regina Barbosa nasceu em 1940 é conhecida como “Poroca”. Maria Barbosa, nascida em 1944, é “Maroca” ou “Lia”. Nascida em 1950, Francisca da Conceição Barbosa, da mesma maneira, é conhecida por outros dois nomes: “Indaiá” ou “Gueão”.

As três são cegas de nascença e passaram a infância e juventude cantando nas feiras do interior dos Estados de Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte, Alagoas e Paraíba.  Maria, Regina e Conceição, as três irmãs cegas acreditam no destino e dão uma lição de pureza e simplicidade como encaram a vida. O sofrimento não as tornou amargas.

As irmâs serão homenageadas hoje em Campina Grande durante o evento "Sextas Musicais", no Museu dos Três Pandeiros.

As 'ceguinhas de Campina Grande' tornaram-se conhecidas em todo o Brasil com a produção do filme 'A pessoa é para o que nasce', de direção de Roberto Berliner. O documentário conta a história delas. A trilha sonora do filme é de Hermeto Pascoal.

A vida de pedir esmolas nas ruas começou logo cedo. Maroca revela que começou a pedir na rua quando tinha sete anos. Poroca tinha oito. Ja Indaiá foi levada para a rua ainda mais cedo, com sete meses. E foi durante o período em que pediam esmolas, que elas aprenderam cantar e tocar ganzá.

“Depois que a gente aprendeu, a gente ficava tocando com o ganzá, o povo ouvia e dava as esmolas. Eles escutavam e paravam para olhar”, revela  Maroca.


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Nando Cordel: o atual conteúdo das letras de músicas está atrofiando a mente das pessoas

O cantor e compositor pernambucano Nando Cordel, 62 anos, publicou um vídeo nas redes sociais, críticas à qualidade da música brasileira atual, considerada por ele "um lixo musical".

"Nós compositores estamos fazendo um trabalho muito triste atualmente na música popular brasileira. Uma música que está em um nível baixíssimo. Cheia de pornografia, cheia de convites para cair na gandaia. É uma música que está profundamente na lama, na lama podre", declara.

No desabafo, o compositor de De volta pro aconchego chama a atenção para o conteúdo das letras e influências na educação de crianças e jovens. "Essa música está atrofiando a mente das pessoas. Mexendo com as crianças e jovens. Na realidade, a música pode mudar a vida das pessoas completamente", explica.

Nando ainda fala sobre o poder de transformação que a música tem na sociedade. "A música veio para fazer o bem e embelezar as almas, e não para alienação total, como está acontecendo agora.
A gente precisa acordar e não deixar essa música dissolver a ética e a moral".

O artista, com mais de 25 discos gravados, ainda faz um apelo a todos os compositores: "Gostaria de dizer que nós precisamos refletir e oferecer uma música de qualidade, que eleva, que pode fazer você feliz. Pense numa música de paz e faça uma música melhor", conclui.

O vídeo repercutiu na página do Facebook oficial do cantor e já recebeu mais de 2 mil compartilhamentos, incluindo o do poeta caruaruense Petrúcio Amorim. "Assino em baixo meu irmãozinho Nando. Valeu!", escreveu.

Os internautas parabenizaram o artista pela atitude. "Concordo com tudo e também estou bem desanimado com o rumo que a música brasileira tomou", disse um internauta. "Nando, se eu já era seu fã, fiquei mais ainda. Sou músico, toco em bares e restaurantes e não tenho prazer nenhum em trabalhar, porque o que o público pede é degradante na maioria das vezes", desabafou outro.

Fonte: Diário de Pernambuco
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Jogos Olímpicos, Música da melhor qualidade, desafios e vitórias

O filósofo Nietzsche afirma que  “a música nos oferece momentos de verdadeiro sentimento”, pois “só a música colocada ao lado do mundo pode nos dar uma idéia do que deve ser entendido por justificação do mundo como fenômeno estético” e que “a vida sem a música é simplesmente um erro, uma tarefa cansativa, um exílio”.

Schopenhauer dizia que "a música é a representação mais pura de todas as vontades, de todas as emoções".

A música permite que a criança brinque dentro de nós; que o monge dentro de nós reze; que o jovem dentro de nós dance e que o herói dentro de nós supere todos os obstáculos, ou quase todos...

Nestas citações, percebe-se o quanto a filosofia atribui à música a importância para o pensamento e para a vida e se relaciona à afirmação da existência humana.

O encerramento da Olimpíada 2016 foi marcado quando destacou a boa música e os vários aspectos da cultura brasileira.

Teve destaque até para Maciel Salú e sua rabeca. A memória e valor cultural de Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro fizeram o mundo se emocionar e dançar.

No repertório Chiclete com banana (de Jackson do Pandeiro), O canto da ema (de Alventino Cavalcanti, Aires Viana e João do Vale, A cantiga do sapo (de Jackson do Pandeiro e Buco do Pandeiro, Asa Branca-Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga e Sebastiana (de Rosil Cavalcanti).

O cantor e compositor recifense Lenine fez uma versão de Jacksoul brasileiro.

A cerimônia, com direção geral de Rosa Magalhães, Fernando Meirelles, Andrucha Waddington e Daniela Thoma, homenageou à Serra da Capivara e à arte rupestre. O artesanato foi celebrado com a tradicional Mulher rendeira, entoada pelas Ganhadeiras de Itapuã, de Salvador (Bahia).

O Grupo Corpo, de Belo Horizonte, dançou o xote Xiquexique, de Tom Zé e Zé Miguel Wisnik. Após a performance de dança contemporânea, a mais famosa canção de Luiz Gonzaga, Asa branca, foi tocada em gravação do próprio Rei do Baião e dançada por voluntários com figurino em alusão à cerâmica e à arte do Mestre Vitalino.

E assim o Brasil ganhou medalha de Ouro na categoria melhor música.
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Geneton Moraes Neto: morreu um nome sinônimo do melhor jornalismo

O jornalista e escritor Geneton Moraes Neto morreu no Rio, aos 60 anos. Pernambucano, um sinônimo de quem sabia fazer o melhor jornalismo. Com mais de 40 anos de carreira no jornalismo, Geneton era um apaixonado pelo exercício da reportagem, função que ele afirmava ser a "realmente importante" no jornalismo.

Dizia sempre que Todo profissional precisa de uma bandeira. "Escolhi uma: fazer Jornalismo é produzir memória. De certa forma, é o que me move"

Começou no jornalismo impresso, no Diário de Pernambuco, depois foi para a sucursal Nordeste do Estado de S. Paulo,  sempre como repórter. Passou uma temporada em Paris, onde trabalhou como camareiro, motorista e estudou cinema na Universidade Sorbonne.

De volta ao Brasil, foi editor e repórter da Rede Globo Nordeste e depois na Rede Globo Rio.

Foi editor executivo do Jornal da Globo e do Jornal Nacional, correspondente da GloboNews e do jornal O Globo em Londres, repórter e editor-chefe do Fantástico. Na GloboNews desde 2006, estava à frente do programa Dossiê. Em agosto de 2009, estreou um blog no G1, que manteve atualizado até abril de 2016.

Geneton também era escritor: publicou oito livros de reportagem e entrevistas. E seguiu o caminho dos documentários, o mais recente sobre Glauber Rocha.

Pernambucano, nasceu, como gostava de enfatizar, "numa sexta-feira 13 [de julho], num beco sem saída, numa cidade pobre da América do Sul: Recife". Saiu do referido beco sem saída para ganhar o mundo fazendo jornalismo. Seus primeiros passos na profissão foram aos 13 anos de idade, escrevendo artigos amadores para o "Diário de Pernambuco" onde, poucos anos depois, conseguiu seu primeiro emprego.

Em 2010, ao receber o prêmio Embratel de jornalismo, Geneton publicou em seu blog "pequena carta aos que gastam sola de sapato fazendo Jornalismo". Escreveu que "fazer Jornalismo é saber que existirá sempre uma maneira atraente de contar o que se viu e ouviu" e outros lemas.

O jornalista também produziu documentários como o “Canções do Exílio”, exibido no Canal Brasil, com depoimentos de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Jorge Mautner e Jards Macalé, sobre o período em que moraram em Londres, e “Garrafas ao Mar: a Víbora Manda Lembranças”, que reúne entrevistas que ele gravou nos 20 anos de convivência com o jornalista Joel Silveira, um dos maiores repórteres brasileiros.

Em 2012, Geneton recebeu a Medalha João Ribeiro concedida anualmente pela Academia Brasileira de Letras (ABL) a personalidades que se destacam na área de cultura.
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Em defesa de Luiz Gonzaga, Parque Asa Branca e da nossa memória afetiva

A triste e assustadora reportagem veiculada pela TV Grande Rio/Globo, do possível fechamento do Parque Asa Branca, localizado em Exu, Terra de Luiz Gonzaga, lugar que guarda parte da memória do  Rei do Baião, merece reflexão. No parque está o Museu do Gonzagão.

Para onde está caminhando a Política Cultural brasileira?

A revitalização do museu mais  brasileiro e do patrimônio histórico ali representado deveria ser uma das prioridades do Ministério da Cultura. O Museu Gonzagão dever ficar sempre aberto à vida que há fora deles.

Este assunto evoca os versos de uma canção: "Tanta saudade preservada num velho baú de prata dentro de mim / Digo num velho baú de prata porque prata é a luz do luar". Este baú é como um museu pessoal, o museu que todos temos, feito de lembranças, quinquilharias e reminiscências que alimentam o nosso presente. Como todos os museus pessoais, o da canção tem "qualquer coisa" que vai além do "eu".

Gilberto Gil, ex-ministro da cultura disse que há um momento e um território em que o canto da memória se encontra com outras memórias e outros cantos. E se transforma a partir dos encontros feitos. Os museus de pedra e cal e os museus virtuais são baús abertos da memória afetiva da sociedade, da subjetividade coletiva do país, da soma dos museus pessoais.

O Parque Asa Branca merece atenção e não pode fechar! É preciso que o Museu do Gonzagão se mantenha vivo e pulse, consagrando o jogo de tradição e invenção que dialeticamente marca a construção da cultura brasileira.

O Museu de Luiz Gonzaga em Exu, têm cheiro de vida e nele está o alimento, a raiz da música mais brasileira inspirada no toque da sanfona de Luiz Gonzaga, de seus compositores e seguidores.

E esta raiz remete ao cosmo (e ao caos) das musas. O museu é a casa das musas. E não por acaso a musa da música tem lugar privilegiado no Templo das Musas, no museu das artes, no panteão das musas que desde a mitologia grega são as inspiradoras de toda arte, de toda criação humana. Os museus abrigam o que fomos e o que somos. E inspiram o que seremos.

O Parque Asa Branca precisa ser visto como um lugar de criação, diálogo e preservação do aqui e do agora. Esta noção está na base dos esforços de todos que preservam a memória e história de Luiz Gonzaga.

Os museus são "pontos de cultura". O Parque Asa Branca deve cumprir um papel de referência e base para o futuro da cultura. O Museu Gonzagão significa música e poesia para os nossos corpos, mentes e espíritos.
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Parque Asa Branca em Exu passa por dificuldades financeiras

O maior acervo do trabalho e da vida de Luiz Gonzaga encontra-se no Parque Aza Branca, uma espécie de museu que fica na cidade de Exu, no Sertão de Pernambuco. Devido a falta de recursos, dificuldades de manter as despesas com funcionários e a manutenção, o espaço poderá fechar as portas.

Desde o ano de 1999, o parque é administrado por uma Organização Não governamental (ONG), mas ela está tendo dificuldade de manter o funcionamento. “A ong tem dez funcionários de carteira assinada, o que dá uma folha de pagamento de R$12 mil reais, quando você soma todas as despesas fixas, com outras despesas que nós temos, a gente soma R$20 mil reais de despesas fixas por mês. Estamos arrecadando em torno de R$10 a R$12 mil reais”, explica o presidente da Ong Parque Aza Branca, Júnior Parente.

Segundo Júnior, o governo do estado que sempre foi um dos parceiros na manutenção do local, não está mais tão presente como antes. “A parceria do governo estadual, nesses últimos anos, vem sendo quase que exclusivamente para promoção de festas”.

Uma reserva financeira dos tempos em que o número de visitas era maior é que está mantendo o parque aberto. Mas, o dinheiro deve acabar em seis meses. A funcionária Milena da Costa disse que houve queda no número de visitantes do parque. “De um ano pra cá ,o movimento caiu mais de 50%”, revela.

Uma das fontes de renda do parque é a vendas de lembrancinhas e cobrança da entrada que custa R$4. “A gente passa aqui pra reviver essa história tão bonita de Luiz Gonzaga e comprar essa lembrancinha para levar para os nossos familiares e amigos”, conta o empresário Sandro Pereira.

No parque fica a casa que Luiz Gonzaga morou com os móveis da época, o mausoléu, onde o corpo do rei do baião está sepultado. Além da réplica da casa de reboco, onde o músico nasceu e o pé de juazeiro, cantinho de muitos encontros.

Fonte: G1
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