Tem dias que sonho jogando futebol no tempo criança

Não tenho fotos do meu tempo criança! No máximo aquela do tradicional ano escolar e a bandeira nacional. No meu baú resta apenas esta posta aqui!... já adolescente no futebol!

A imaginação é um dos elementos essenciais à vida infantil. Para viver intensamente   a   infância   é   preciso   criar   fantasias   capazes   de   transpor as realidades. 

Os   brinquedos sem  a imaginação, praticamente   são   elementos mortos no mundo das crianças. Muitas vezes, as crianças se utilizam de fatos reais para criarem seus divertimentos.

Do meu tempo de criança minha maior alegria, digo sem dúvidas, foi jogar futebol!

Depois do futebol tive como brinquedos o sol, a lua, o rio, a chuva e as estrelas para brincadeiras que não se quebravam...e isto eu aprendi no livro Menino de Engenho, de José Lins do Rego.

Ter o sol, a lua, o rio, a chuva e as estrelas para brincadeiras é uma descrição para fantasiar a ausência dos brinquedos que nunca tive!. Diante de tanta privação material, consegui sobreviver, viver e até hoje os elementos   inquebráveis   da   natureza são minha Fortaleza.

E por isto hoje ainda criança/adulto  alimento os sonhos, depositando toda uma carga de sentimentos na tentativa de alcançá-los...sou um sonhador!
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Notícias de Leo Rugero, Galvão de Juazeiro do Norte e Sanfona de 8 Baixos

Na madrugada deste domingo recebi notícias do bom amigo professor e sanfoneiro, guardião da cultura de tocar sanfona de 8 baixos. Transcrevo as notícias de Leo Rugero:

"Hoje, fechando com chave de ouro minha passagem por Juazeiro do Norte, estive pessoalmente com Galvão de Juazeiro, cavaleiro sertanejo, ancestralidade da cultura do sertão nordestino personificada.

O que motivou nosso encontro foi nossa devoção mútua por este instrumento, o fole de oito baixos, instrumento matricial na cultura nordestina, que se encontra em processo de extinção na microrregião do Cariri cearense. De acordo com Galvão, ele é o mais jovem remanescente desta tradição sonora, no alto de seus 68 anos.

Galvão de Juazeiro ficou maravilhado com meu livro, "Com Respeito aos Oito Baixos". De acordo com suas palavras, foi o livro que ele esperou ser escrito por uma vida inteira. Maior elogio não poderia ser recebido, vindo deste profundo conhecedor da história oral nordestina.

Nesta tarde de fole e prosa, também fui presenteado pela sabedoria de Galvão de Juazeiro, que conhece em detalhes, nomes de personagens que constituem a história do fole de oito baixos no sertão nordestino. Também é um profundo conhecedor da história do fole, revelando dados que nem mesmo os livros de historiadores europeus como o notório Pierre Monichon, descreveram, pois tratam de vestígios históricos no processo migratório e na colonização nordestina que passaram desapercebido por historiadores e etnógrafos do passado.

Outro ponto de contato que alimentou nossa conversa, foi a maestria do fole de oito baixos paraibano, centro irradiador da afinação "transportada"e da soberba influência da família Calixto como uma dos principais genealogias desta tradição sonora. Sabendo de minha estreita relação de aprendizado e pesquisa com Zé Calixto, o mestre Galvão ficou embevecido ao ouvir minha interpretação de algumas músicas do repertório de Zé Calixto, observando como o mestre foi cuidadoso na transmissão de detalhes de técnica, postura, dedihado e articulação. Se meu repertório não se esgotasse, creio que a audição se prolongaria por horas.Nunca senti tamanho orgulho por ter um dia encontrado Zé Calixto e, através dele, ter conhecido a fundamentação técnica do fole paraibano.

Também conversamos sobre a técnica suprema de Luizinho Calixto, assim como do talento de Bastinho Calixto e João Calixto. Galvão discorreu sobre os tempos de Seu João de Deus Calixto e de tempos que nem mesmo Seu Dideus conheceu, de quando se concebeu a afinação e técnica do estado da Paraíba, admirada por todos.

Tocou seu fole Koch centenário, exemplar raro entre os primeiros foles alemães que alcançaram o solo nordestino. Também se encantou com meu fole Todeschini de 1967 e seus botões de acrílico, outrora confeccionados por Zé Aragão, sob o desenho e especificação de Zé Calixto, no início da década de 1970.

Galvão do Juazeiro mantém um museu no interior do município, que contém, entre outras coisas, uma das maiores coleções de acordeões diatônicos do Brasil e, seguramente, do mundo, totalizando 23 foles em diferentes procedências, épocas e afinações.

Criticou algumas instituições, petrificadas pelo "apadrinhamento" de resquício colonialista, impedindo, muitas vezes,que a cultura seja contada e cantada pela perspectiva nativa e encontre vitalidade para superar as imposições de cunho midiático.

Também revelou seu pendor às questões mais sensíveis da cidadania, em seu trabalho de cuidado com a saúde e o bem estar de animais abandonados no sertão, onde, desde que as motocicletas e os automóveis substituíram o papel de condução e tropa,despedidos de suas funções de serventia, foram soltos, muitas vezes velhos e enfraquecidos, pelas estradas de terra do sertão.

Enfim, Galvão do Juazeiro é uma daquelas pessoas iluminadas que clareiam com sua luz por onde passa, trazendo-nos conforto ao coração e alimentando nossa alma com sua sabedoria e conhecimento.

Voltando ao Rio de Janeiro, eis que senti meu velho fole de oito baixos ressignificado, e a história de meu aprendizado e pesquisa, faz-se novamente refortalecida com a benção deste encontro.

Até logo Galvão do Juazeiro, que os bons ventos permitam que possamos nos encontrar em breve!!! Os oito baixos agradeçem".

Fonte: Leo Rugero-professor e sanfoneiro 8 Baixos
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Saudades do Talento do Poeta violeiro João Paraibano

"Eu olhando a estiagem deitado numa rede:/
Vi um açude sem água com rachões na parede/
E uma abelha no velório da flor que morreu de sede.
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Maria Dapaz, uma voz que apaixona e o talento que encanta


Maria Dapaz nasceu em Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco e se criou na cidade de Afogados da Ingazeira. Recebeu, em 2011, o título de Cidadã Afogadense. É comendadora da cidade desde 2009 em reconhecimento do seu trabalho artístico e a divulgação do nome da sua cidade em todo Brasil e no Exterior. 

Em 2011 recebeu homenagem da Universidade Rural de Pernambuco parabenizando-a por seu talento reconhecido internacionalmente, por sua carreira consolidada e a  indicação ao Grammy Latino 2004 com o CD “Vida de Viajante” ou “Luiz Gonzaga na voz de Maria Dapaz”. Se
torna a primeira intérprete pernambucana a dedicar um CD inteiro à obra de Gonzagão. Dapaz morou na Europa seis anos dividindo seu tempo entre shows, viagens, gravações de discos, composições e divulgação.

É uma artista de muitas qualidades. Seja como autora, instrumentista ou como intérprete, ela tem sua marca própria e um bom-gosto inquestionável. Carismática, Maria Dapaz se destaca pela bela voz potente e afinada. Com seu canto sincero, sua voz marcante e muita sensibilidade, ela mostra toda a beleza de um repertório bem brasileiro. 

Maria da Paz participa sábado 8, a partir das 7hs da manhã do Programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga na sintonia Rádio Cidade Am, 870, via internet www.radiocidadeam870.com.br

 Como compositora,Maria da Paz  ficou conhecida no Brasil inteiro com a música da sua autoria “Brincar de Ser Feliz”, tema da novela Pedra sobre Pedra. 

Hoje tem 16 discos gravados e grande experiência em palcos nacionais e internacionais. Sua paixão pela música se manifestou muito cedo, tornando-se profissional como crooner de grupos de bailes (Marajoara) onde aprimorou o ofício de cantar. Foi para São Paulo onde gravou o seu primeiro disco, Pássaro Carente, pela gravadora Copacabana.

No período em que morou na Suíça, onde lançou 3 discos, se apresentou para platéias exigentes em importantes palcos da Europa, como A Velha Ópera de Frankfurt, Breminale, Festival de Nürenberg e Festival de Música de Berlim Oriental na Alemanha, Festival de Montreux na Suíça, Printemps de Bourges na França com as manchetes:
 A voz de fogo vindo do Brasil” e “Um continente inteiro na voz

2009. Reeditou CD “Meu Lugar” 10 anos depois de lançado nacionalmente no Programa do Jô da TV Globo. CD esse que marcou a carreira da artista.

2009/2010 Abriu o projeto Nossa Língua Nossa Música no CCBB do Rio de Janeiro/2009 e Brasília/2010 onde dividiu o palco com Joana Amendoeira (Portugal) Nancy Vieira (Cabo Verde) e Rosa Madeira (Ilha da Madeira).

2011 Maria Dapaz focou a seu agenda no Nordeste se apresentando em grandes palcos nas cidades de Gravatá, Arcoverde, Pesqueira, Afogados da Ingazeira, Serra Talhada, Carnaíba, Tabira, Recife encerrando o ano com show de Réveillon na praia de Candeias em Jaboatão...

2012 Em Portugal, representa o Brasil na festa da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa) em fevereiro na Aula Magna de Lisboa e no Casino de Estoril.
No Brasil, Maria Dapaz foca o ano em homenagem especial ao Rei do Baião, com o (re) lançamento do CD Vida de Viajante (Atração Fonográfica) em edição especial Centenário Luiz Gonzaga mostrando o que tem de mais verdadeiro no legado musical deixado por ele.
Em São Paulo abre as comemorações do Centenário de Gonzagão durante todo o mês de março na Galeria Olido da famosa Avenida São João com o projeto “Baião da Quarta” e faz temporada de 3 dias em novembro no Teatro do CEU Zilda Arns/Osasco
Em Recife abre as comemorações do Centenário no Conservatório Pernambucano de Música -“Cestas de Música”. Participa do projeto “Recife Canta Gonzaga” na praça do Arsenal. Apresenta seu show acústico “A minha vida de viajante” no Manhattan.
Em Pernambuco: apresentou seu show em homenagem ao Luiz Gonzaga nas cidades de Vitória de Santo Antão, Afogados da Ingazeira, Caruaru, Caetés, Sirinhaém, Sertânia, Recife.

2013 Lança seu 15º CD “Outro Baião” Uma explosão de brasilidade.  Gravado no Recife com 14 faixas assinadas por Maria Dapaz e parceiros.Trabalho focado na difusão de uma música que se espelha na riqueza de um povo, ressaltando a beleza da sua história, seus cânticos, seus sonhos, tristezas e alegrias.  Agindo também como uma forma de auxílio em todo o processo de preservação de uma linguagem musical. Shows juninos em Pernambuco (Gravatá, Arcoverde, Caruaru, Afogados da Ingazeira, Timbaúba, Recife...) e divulgação do CD “Outro Baião” na Festa Nacional da Música, o maior encontro da música em Canela/RS. http://www.festanacionaldamusica.com.br/2013/index.php

2014 Ano de destaque do CD Outro Baião, selecionado para o 25º Prêmio da Música Brasileira com festa de entrega dia 14/05/14 no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Categoria Melhor Cantora
http://www.premiodamusica.com.br/noticias/2634. Ganhou o Trofeu Acinpe (Associação de Cantores e Intérpretes de Pernambuco, levando o Prêmio da Crítica (Recife março de 2014)

2015 Um ano de homenagem Maria Dapaz lança CD gravado ao vivo no teatro Santa Isabel de Recife  “A Arte de Amália Rodrigues por Maria Dapaz e Mahatma Costa” pela gravadora Atração. Num emocionante recital, Maria Dapaz homenageia Amália Rodrigues  com uma nova interpretação, dando um sotaque brasileiro ao repertório imortalizado por essa diva da música portuguesa, que completaria 95 anos. 

Num formato acústico, Maria Dapaz (violão e voz) e Mahatma Costa (acordeom) criaram arranjos mais suaves, ressaltando as influencias da música cigana e moura, dando uma nova cor e mais leveza a esse gênero musical dramático e teatral na sua origem.

Projeto especial com a produção de Jocelyne Aymon, suíça, radicada no Brasil. Maria Dapaz, com a sua voz firme como metal e suave como veludo, apresenta uma versão inédita e original de Estranha Forma de Vida, Ai Mouraria, Coimbra, Só nós Dois, Amêndoa Amarga e Hortelã Mourisca. O acompanhamento do acordeonista internacional Mahatma Costa impressiona desde a abertura do disco.

2016 lança uma versão junina de “O Cochicho”, faixa digital, com arranjo especial assinado Felipe Jr e Mahatma Costa em parceria com a gravadora Atração de São Paulo.
O CD já é pré-selecionado para o 27º Prêmio da Música no Rio de Janeiro.

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Seu Vavá, o Senador do Rojão Genival Lacerda e seus 85 anos de forró e alegria

O amigo Cezar Durando me enviou fotos das comemorações de um dos nossos maiores patrimônios da cultura: Genival Lacerda que completou 85 anos de vida. Cesár Durando é um dos defensores das causas da cultura mais brasileira.
 
Sempre fui apaixonado por rádio e lá em Campina Grande, Paraíba, escutava a Rádio Cariri, Rádio Borborema e Caturité e nestas sintonias ouvia a animação do Genival Lacerda. O Senador do Rojão, Seu Vavá, O Rei da Munganga ­ são todos heterônimos de Genival Lacerda.

No programa ele designava um papel na sua obra. Seu Cazuza, por exemplo, foi personagem de programa humorístico de TV, que fez em dupla com o ator Lúcio Mauro (o Seu Barbalho), e com Luiz Gonzaga.

Quando interpretou Severina Xique Xique, composto por João Gonçalves, obteve o reconhecimento e ganhou sucesso.

"João Gonçalves chegou lá em casa, num domingo de manhã, me dizendo que trazia uma música que era a minha cara. Contou que tinha oferecido a Jackson e a Messias Holanda, mas eles não quiseram. Como é a história? Se estes cobrões não quiseram, sou eu que vou querer?", rememora Genival. 

"A música que ele recebeu naquela manhã de domingo foi Severina Xique Xique. O autor, João Gonçalves, assim com ele, havia nascido em Campina Grande. Disse a ele que ia ficar com a música, mas antes ia dar uma arrumada, botar uma meia sola nela," conta.

"Fui ao programa de Adelzon Alves, na Rádio Globo, todo mundo estava lá: Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Marinês, Abdias, Ary Lobo, Os Três do Nordeste. Cantei Severina. Depois, Adelzon olhou pra mim e falou: Caboco, este vai ser o seu maior sucesso."

Tem mais: "Ozeás Lopes me levou pra gravadora Copacabana, mas o pessoal de lá não acreditou muito na música. Em 15 dias, vendeu 35 mil discos. Em dois meses, 600 mil. E desembestou", ele revela. "Fui na gravadora pedir um adiantamento.Era muito dinheiro. Comprei uma casa em Campina Grande".

Hoje aos 85anos, completados no dia 5 de abril, Genival Lacerda estava com 25 de carreira quando gravou Severina Xique Xique. Lá se vão mais de 70 anos de profissão, se contarmos o tempo em que disputava com Marinês prêmios em programa de calouros, em Campina Grande.

Com Marinês e Abdias, Jackson do Pandeiro, Dominguinhos e Zito Borborema, Genival Lacerda fez parte da segunda geração do forró, surgida logo depois ­ e por influência ­ de Luiz Gonzaga.

É dos últimos desta geração, a história viva da música do povo Nordestino: "Um dia, em 1948, Rosil Cavalcanti sentou lá na sala de casa, com um violão, e ensinou a Jackson do Pandeiro umas músicas que tinha feito: Sebastiana, Compadre João".

Genival Lacerda é cantor da escola de Jackson do Pandeiro, das divisões impecáveis e imprevisíveis. Foram contraparentes. Severina, irmã de Jackson, foi casada com um irmão dele. Em 1950, Genival Lacerda foi contratado pela Rádio Borborema, de Campina Grande: "Em 1953, vim cantar no Recife, no aniversário da Rádio Tamandaré. Ganhava 700 cruzeiros lá, aqui me ofereceram 5 mil", diz Genival.

"Eu estava em Campina Grande, quando encontrei Ary Barroso, que foi se apresentar lá, e me aconselhou a ir para o Rio de Janeiro. Fui embora. Chego lá no dia 1º de abril de 1964, no dia da revolução (sic). Jackson e Almira foram me apanhar no Santos Dumont e perguntei se a gente estava em guerra. Pra todo canto era homem fardado de verde, tanques", conta.

Recentemente o cantor Genival Lacerda resolveu apostar em uma canção "cheia de modernidades". O cantor gravou o clipe de Me dê seu wifi. Genival contracena com quatro mulheres que representam as redes sociais: Twitter, Instagram, WhatsApp e Facebook.

"Nessa música, falo dessas modernidades de Facebook e Instagram, mas não sei nem para onde vai", confessa o artista, conhecido por canções satíricas como Severina Xique Xique, De quem é esse jegue? e Radinho de pilha. "O meu público já está seguro, mas preciso conversar com os jovens e essa música vai ajudar", afirma paraibano batizado de "rei da munganga".

 



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Exposição fotográfica em Salgueiro mostra o Fantástico Mundo das Sanfonas

A memória da música brasileira no Sertão, também faz história entre sanfoneiros de várias partes do Brasil e do exterior que desbravam a região puxando o fole. A exposição fotográfica  ‘O Fantástico Mundo das Sanfonas, que está em cartaz até o dia 20 de maio, na Casa da Cultura, em Salgueiro, Sertão de Pernambuco, revela encontros memoráveis realizados na última década.

O projeto faz parte de uma pesquisa de extensão universitária organizada pelo professor e jornalista Emanuel Andrade através da Hemeroteca, do curso de Jornalismo da Uneb.

O professor reuniu o trabalho de cinco fotógrafos sertanejos de Pernambuco e Bahia, com registros de shows em festivais do gênero, rodas de sanfona além de músicos na intimidade do palco e de casa. São cerca de 80 imagens em policromia e em preto e branco assinadas pelos fotógrafos Ivan Cruz, Héliton Araújo, Gilson Pereira, Diego Fernandes e Regina Lima.

Com uma proposta pedagógica, a exposição focar a trajetória da sanfona desde a criação do Sheng, na China por volta de 2.700, a. C, que originou o harmônio, a gaita de boca até chegar à sanfona que se popularizou no Brasil, principalmente no Nordeste. São seis expositores no espaço que além de destacar a evolução do instrumento, conta com textos poéticos sobre a temática, xilogravuras e letras de canções clássicas que evocam a sanfona.

“A ideia é reverenciar o talento dos músicos de várias gerações que tocam o ano inteiro contrariando os que pensam a sanfona só nos festejos juninos. Até no carnaval sertanejo o instrumento inspirou a criação de um bloco”, explica Andrade.

Os registros fotográficos traduzem apresentações de grandes músicos do Nordeste e do Sul, puxando o fole no sertão. Lá, o visitante vai poder apreciar o talento a exemplo de Dominguinhos, Oswaldinho, Toninho Ferragutti, Hermeto Pascoal, Camarão, Renato Borghetii, Pinto do Acordeon, Cesinha, Waldonys, artistas da região como Nêgo do Mestre, Danilo Pernambucano e Teresinha do Acordeon entre outros talentos. Como será itinerante, a exposição depois passará por Petrolina e Juazeiro(BA).

JOVENS TALENTOS – Uma ala da exposição também, registra momentos de apresentação de crianças e mulheres, especificamente, no festival de Salgueiro, em momentos da disputa por prêmios durante o evento que acontece há 8 anos.

“Mais do que nunca a sanfona domina as grandes festas no interior o ano inteiro, revelando bons músicos que vivem na roça e nas pequenas cidades. Nenhum chegou a frequentar uma escola para estudar partitura, mas se inspiram em Luiz Gonzaga, Dominguinhos e Sivuca”, aponta o curador da exposição.

O Fantástico Mundo das Sanfonas, tem uma decoração focada em elementos domésticos como o bule de café e o candeeiro além de cordéis. Outra novidade é a interação com os artistas que tenham interesse em divulgar seu trabalho na decorrer da amostra.

Fonte: Emanuel Andrade-Uneb
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Paulo Matricó do Pajeu para o mundo


O Poeta e compositor Paulo Matricó participou sábado às 7hs do programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga. O programa é apresentado na Rádio Cidade am 870. Através da internet www.radiocidadeam870.com.br

Paulo Matricó traz no coração e na bagagem a história do Sertão. Nascido no vale do Rio Pajeú, no município de Tabira, Pernambuco, bebeu na fonte da poesia sertaneja. Herdou do pai, "seu" Albino Pereira e de outros menestréis da cantoria como Louro do Pajeú, Pinto de Monteiro e Jó Patriota, a arte de contar histórias simples com o apuro de métrica e a graciosidade do repente popular.

A descoberta da viola e da música como expressão veio mais tarde, (1990), com a formação do grupo Matricó - expressão indígena que significa Pai do Fogo (Instrumento rudimentar que com atrito entre duas pedras gera fogo) - em Caruaru. No grupo Paulo era vocalista e percussionista. Nesta época nasceu suas primeiras composições.

Criado no meio de repentistas, cantadores e forrozeiros, Paulo Matricó traz a semente destes artistas tipicamente nordestinos e naturalmente fortes. 

Carregando consigo as influências de grandes mestres da cantoria e da música brasileira como: Jackson do Pandeiro, Zé Marcolino e Luiz Gonzaga, Matricó faz uma música cheia de poesia e ritmos bem peculiares. Matricó integra uma leva de artistas cujo tema principal é a cultura e mostra para o Brasil e para o Mundo, o lado belo e encantador do Sertão nordestino.

MRPB - Música Regional Popular Brasileira, é assim que Matricó autodenomina seu trabalho, uma mistura de ritmos puramente nordestinos: baião, xote, côco, forró, arrasta-pé, toadas boiadeiras e sertanejas.

Lançou seu primeiro CD em 1995 e até o momento vem construindo uma importante obra, com mai de 7 álbuns publicados, inclusive um deles: MARIA PEREIRA, lançado na Alemanha, em parceria com o compositor alemão Stephan Maria, em 1999, quando residiu e trabalhou por 2 anos naquele país.  Quando esteve na Europa participou de importantes festivais, como o das cidades de Madrid e Sevilla, representando a cultura e a música brasileira.

Em 2014, lançOU O Álbum em CD” LAVRADORES” em homenagem aos trabalhadores na agricultura, sua origem.

Lançou em maio de 2015 a edição comemorativa de 20 anos de seu primeiro CD Outro VeRso.
Em janeiro de 2016, estreou no Recife, no Teatro Santa Isabel, a Ópera Cordelista Lua Alegria, montada a partir do espetáculo popular Cordel Operístico Lua Alegria. O roteiro dramatúrgico é baseado no livro/cordel de Paulo Matricó, intitulado LUIZ LUA ALEGRIA e canta em Literatura de Cordel a história de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião.

A interpretação operística foi narrada na linguagem do cordel, unindo dramaturgia, canto e música, sob o fio condutor de trilha musical pesquisada e produzida sob a influência da tradição popular, com perspectiva cênica no formato de Cortejo-lítero musical e elenco de 28 artistas entre músicos, atores e dançarinos, contando a vida e obra do “Rei do Baião”.

Fonte: Contatos: Fone: (81) 98669930 – E-mail: paulomatrico@hotmail.com
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