Banda de Pife do Crato-Ceará mais de 200 anos de tradição


Banda de Pifano do Crato-Ceará
Dois séculos de uma tradição que resiste ao tempo.

A Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto comemorou mais de 200 anos de resistência, com todo vigor das gerações que já passaram pela formação do grupo.

Visitei o grupo na cidade do Crato, Ceará. A cada acorde segurava uma lágrima que teimosa caia.

É que eu lembrava da minha entrevista com o mais antigo integrante do grupo, o Mestre Raimundo Aniceto, o primeiro pife da banda, que faleceu este ano, mas as gerações vão dando sequência ao legado.

O Grupo  lançou o livro ‘Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto: Memórias e Afetos’, que reúne vários artigos de pessoas que têm de alguma forma uma relação com o grupo, e um acervo fotográfico para fazer um registro da data.

Eles prometem que “a luta pela valorização da cultura continuará”. Buscam forças na história dos seus ancestrais, desde o avô que fundou a banda de Pife, até o seu pai, José Lourenço da Silva, um índio kariri que trouxe consigo as cabaças e também a alcunha de Aniceto.
  
O sentimento ainda é forte com a perda de um dos grandes líderes que passou pelo grupo, deixando uma marca de alegria e resistência pela preservação da cultura. Os irmãos com lágrimas nos olhos traduzem o mesmo pensamento do seu irmão, quanto à permanência da tradição. “A família não é grande, mas é comprida. O grupo só termina se o mundo acabar de uma vez só”.

O grupo continua sustentado por instrumentos de sopro e percussão, como pífanos, zabumba, caixa e pratos de metal, compõe inspirado no trabalho da roça e na observação do cotidiano da vida do sertão. Atualmente, a banda é composta por seis descendentes dos índios Kariri, todos eles agricultores do Crato.

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Agradeço ao povo de Exu, Pernambuco, Vereadores pelo título Moção de Aplauso

No sábado, 12, recebi da vereadora Helenilda Moreira, em nome do Povo de Exu, o título de Moção de Aplauso pela produção programa de Rádio - Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga, que apresento aos sábados na Rádio Cidade am-Juazeiro, Bahia e serviço prestado a literatura, cultura brasileira.

A solenidade foi realizada durante a edição da festividade ‘Viva Gonzagão 2015′, fortalecendo as celebrações em torno do legado cultural do seu filho mais ilustre, Luiz Gonzaga estaria completando os seus 103 anos, no dia 13 dezembro.


Durante o evento pensei no longo caminho percorrido; entre a raiz e o fruto existe o tempo! Imaginei o primeiro programa de Rádio e as palavras do mestre Aderaldo Luciano: meu coração que é um rio em alta velocidade, descendo os penhascos. Vezes, vai arrastando as margens; vezes, apenas as acaricia. Mas o céu sob o qual ele corre é diferente todos os dias e surpreendente ao entardecer.

O sol é possuído pelo horizonte, no sertão. Agoniza silenciosamente. Seu sangue explode em várias camadas. As nuvens, em motim, se acotovelam para observar seus últimos anseios. Carrancudas perseguem em procissão barulhenta a língua solar que transmite cores durante seu martírio.

Agradeço a Deus poder testemunhar, ouvir e entender essa peleja, pois sei que para renovar-se em majestade, o sol tem que morrer hoje. 

Tem, obrigatoriamente que ressuscitar glorioso pela manhã. É o céu sertanejo, é a saudade de Você, é Exu de Luiz Gonzaga, Garanhuns de Dominguinhos. O sol, lua e chuva em espetáculo gratuito.


Agradeço aos amigos, ouvintes do programa de Rádio e aos Grupos, Fas Clubes de Santa Cruz do Capibaribe-PE, Pau dos Ferros-RN e Caruaru.

O público contou com as apresentações de Cosmo Sanfoneiro, Carlos Araújo e Paulo Neto, Danilo Pernambucano, Donizete, Flávio Baião e Joãozinho do Exu, Tarcio Carvalho e Djesus, Chambinho do Acordeon, Joquinha Gonzaga, Targino Gondim, Jaiminho do Exu e Flávio Leandro, comandaram as noites com muito forró, estendendo a festividade até a madrugada.

No domingo 13, foi celebrada a tradicional Missa em Ação de Graças a Gonzagão, embaixo do lendário pé de juazeiro da cidade. O local também recebeu a apresentação dos alunos do Ponto de Cultura Alegria Pé de Serra.

E no Parque Aza Branca, também no pé de juazeiro aconteceu os shows de Epitácio Pessoa, Diego Alencar, Toni Monteiro, Sotaque Nordestino, Maria Lafaete e Serginho, Eloisa Olinto, Zézinho do Exu, Leninho, Fábio Carneirinho, Estilo Novo, Seguidores do Rei, Coletivo Mauro Sanfoneiro, Tony Monteiro, Forró do Matuto, Coletivo Os Cabras de Gonzaga, Ivonete Ferreira e Forrozeiros do Gonzagão.
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Piloto Sobrinho de Luiz Gonzaga e Neto de Januário

Jornalista Ney Vital e Fausto Luiz, sobrinho de Luiz Gonzaga
Fausto Luiz Maciel, conhecido por Piloto é filho de Muniz, irmã de Luiz Gonzaga, nascido no Crato,  Ceará, começou a acompanhar Luiz Gonzaga no ano de 1975. Sua primeira gravação com o tio foi no disco Capim Novo, em 1976. Participou de inúmeros trabalhos e viagens do tio como zabumbeiro, motorista e secretário. A partir de 1980 seguiu acompanhando Luiz Gonzaga em todos os seus trabalhos, até o ano de seu falecimento, em 1989. Atualmente mora em Petrolina/PE.

Piloto é irmão de Joquinha Gonzaga, cantor e sanfoneiro.

Conta que conheceu todos os grandes cantores da epoca, citando Jackson do Pandeiro, Ari Lobo, Abdias e Marines.  Tive momentos de muito aprendizado e vi muitos fatos e acontecimentos na carreira do meu tio.  “A gente brigava muito. Eu era perguntador e ele respondão. Com tio Gonzaga não tinha por favor; Era leve isto no Recife, dava o roteiro, de ida e volta. Eu sempre tinha uma resposta na ponta da língua".

Quando ia gravar um dos últimos discos, eu quis viajar logo para o Rio de Janeiro  com ele, que me pediu que ficasse em Exu, quando precisasse, mandava a passagem e eu iria. Avisei que fizesse isto com antecedência, porque não ia às pressas. E foi o que aconteceu. João Silva me ligou dizendo para eu pegar o ônibus que a gravação ia começar tal dia. Estava muito em cima, respondi eu não iria. E não fui”.

Revela hoje que os arroubos faziam parte da idade e uma certa imaturidade e dificuldade de compreender o humor do tio. "Mas houve momentos de muitos abraços e declarações de amor. Bons momentos e felicidades".

Motorista e zabumbeiro, Piloto afirma que durante os anos que conviveu com Gonzagão testemunhou “coisas incríveis”; “Ele foi mal assessorado quase a carreira toda. Ele não tinha visão de dinheiro. Às vezes fazia show em clube lotado, e o empresário dizia que deu prejuízo. Quando Gonzaguinha assumiu a carreira dele, tio Gonzaga teve sua fase de profissional. Passou a receber cachê adiantado".

 Piloto revela que até o final da vida Luiz Gonzaga não podia, por exemplo, ver um circo. 'Lembrava sempre quando parava e fazia o show dividindo a renda com o dono, as vezes dava toda renda ao dono, quando o circo estava com muita dificuldade. Uma vez cismou de comprar uma Kombi a álcool, ninguém conseguiu convencer ele sobre as desvantagens, da instabilidade, nada. Quando ele queria, tinha que ser”.
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Ney Vital sacode o forró com bom jornalismo

Jornalista Ney Vital-Rádio Cidade-Juazeiro Bahia
O  rádio continua sendo o principal veículo de comunicação do Brasil. Aliado a rede de computadores está cada vez mais forte e potente. Na rádio Cidade Am 870, Juazeiro Bahia, o jornalista Ney Vital apresenta o Programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga, às 7hs.

O programa é transmitido também via internet www.radiocidadeam870.com.br e segue uma trilogia amparada na cultura, cidadania e informação. "É a forma, o roteiro concreto para contar a história da música brasileira a partir da voz e sanfona de Luiz Gonzaga, seus poetas e compositores", explica Ney Vital. 


Ney Vital é jornalista. Pós Graduado em ensino de comunicação social-Universidade Federal do Rio Grande do Norte/Uneb.

O programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga é um projeto que teve início em 1990, numa rádio localizada em Araruna, Paraíba. "Em agosto de 1989 perdemos o Rei do Baião e então, junto com o professor hoje doutor em Ciência da literatura, Aderaldo Luciano que mora no Rio de Janeiro iniciamos o  programa de rádio. E até hoje continuo neste bom combate".

No programa o sucesso pré-fabricado não toca e o modismo de mau gosto passa longe."Existe uma desordem , inversão de valores no jornalismo e na qualidade das músicas apresentadas no rádio", avalia o jornalista que recebeu este ano o Trofeu Viva Dominguinhos, em Garanhuns.

Ney Vital recebeu também o titulo Amigo Gonzagueano Orgulho de Caruaru recentemente em evento realizado no Espaço Cultural Asa Branca.

Ney Vital usa a credibilidade e experiência em mais de 25 anos atuando no rádio e tv. "O programa incentiva o ouvinte a buscar qualidade de vida. É um diálogo danado de arretado. As novas ferramentas da comunicação permitem ficarmos cada vez mais próximo dos ouvintes", finalizou Ney Vital.
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Rio São Francisco, era digital, tempos de barulho e o silêncio da Lua

Ao olhar  na beira do Rio São Francisco a Lua Cheia pensei o quanto o jornalismo mudou. Sou da linha de pensamento que jornalista deve escrever com sentimento!

A era digital exige pressa! Os textos são curtos! Leituras rápidas! A maioria dos leitores adeptos ao mundo do barulho (parece) não ter interesse do muito que diz o silêncio da Lua.

Nas margens do Rio São Francisco junto do meu inseparável bloquinho de anotações escrevi, ampliei os sentidos, desejei convidar e compartilhar cada sentimento, instantes que inspiram e nos forçam, positivamente, a enxergar o não óbvio, o que está nas entrelinhas: a lua e as estrelas unem pensamentos, ações, boas palavras.

Gosto de linguagem introspectiva e o certeiro uso de adjetivos, descrições de cenários e personagens, não sou adepto do lead engessado dos textos jornalísticos. Não gosto de seguir o convencional. Sou um livre pensador!

Em tempos de excesso de informações e aprimoramento das tecnologias nos meios de comunicação, a Lua reascende a esperança de uma vida,  jornalismo preocupado com o lado humano. Olhando a Lua lembrei do educador Paulo Freire, distante de sua amada e na esperança de um dia encontrá-la.  Reproduzo:

Escolhi a sombra desta árvore para repousar do muito que farei, enquanto esperarei por ti. Quem espera na pura espera vive um tempo de espera vã. Por isto, enquanto te espero trabalharei os campos e conversarei com o sentimento e a busca da Paz.  Suarei meu corpo, que o sol queimará; minhas mãos ficarão calejadas; meus pés aprenderão o mistério dos caminhos; meus ouvidos ouvirão mais, meus olhos verão o que antes não viam, enquanto esperarei por ti.

Não te esperarei na pura espera porque o meu tempo de espera é um tempo de que fazer.Desconfiarei daqueles que virão dizer-me em voz baixa e precavidos: É perigoso agir. É perigoso falar. É perigoso andar. É perigoso esperar, na forma em que esperas,porquê esses recusam a alegria de tua chegada.

Desconfiarei também daqueles que virão dizer-me, com palavras fáceis, que já chegaste, porque esses, ao anunciar-te ingenuamente, antes te denunciam. Estarei preparando a tua chegada como o jardineiro prepara o jardim para a rosa que se abrirá na primavera".
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Jorge de Altinho: música, poesia, encantos pelos brejos, sertões e cariris

Juliana Souza, Jorge de Altinho e Ney Vital
Zeneide, Ney Vital, Fábia, Jorge de Altinho, Albacelia e Keila
A gravação do DVD de Flávio Leandro em Petrolina, Pernambuco proporcionou a oportunidade de um grande encontro com o que existe de melhor na Música Universal Brasileira.

Encontramos Jorge Assis Assunção, Jorge de Altinho. Compositor de alma cheia e grandeza humana. É de Jorge de Altinho as primeiras composições gravadas pelo Trio Nordestino (Lindu, Cobrinha e Coroné), destaco "Fole de ouro", "Amor demais", "Forró quentão", "Petrolina Juazeiro",  "A separação".

Em seu início de carreira inspirou-se em Raul Seixas e Jackson do Pandeiro. O seu primeiro disco LP: "Jorge de Altinho - O príncipe do baião", é hoje considerado pelos pesquisadores e colecionadores uma das raridades no mercado dos especialistas e admiradores da vida e obra de Jorge de Altinho.

Ressalto sempre que Luiz Gonzaga foi pedra angular, referência -mor do forró, mas o Rei do Baião, não trilhava sozinho. Havia por trás de si, uma constelação de compositores, músicos, além de profícuos conhecedores do seu trabalho, amigos talhados de sol, nascidos do barro vermelho, com almas tatuadas por xique-xiques e mandacarus.

Jorge de Altinho é uma dessas estrelas! Tem sua luz  propriá até hoje, inspirado no convivio dos sertões, conhecedor dos segredos e nuances da noite estrelada. Humilde e grande na sabedoria de seguir os ensinamentos e conselhos de Luiz Gonzaga e Dominguinhos.

Uma das mais belas interpretações de Jorge de Altinho é Tamanho de Paixão, onde ouvimos Luiz Gonzaga e Dominguinhos fazendo a sanfona roncar feito trovão em dia de chuva.
No livro Forró de Cabo a Rabo, o jornalista e crítico musical Ricardo Anísio, aponta Jorge de Altinho, como uma das vozes mais bonitas do reduto forrozeiro. Timbre de voz de rara beleza. Compositor de maior sensibilidade, construtor da palavra poética.

E foi usando a construção poética que Jorge ao ser apresentado a Albacelia, Fábia, Keila e Zeneide, amantes da boa música e moradoras da região do cariri nos fez lembrar:
Doido de saudades Cariri
Doce paixão Vejo na saudade
 tô aqui Meu coração

OH Cariri  meu Cariri Manda um beijo de recordação
 Eu quero te abraçar nesse meu sonho
Quero te envolver nessa emoção

Quero ver de novo me amor
Teus canaviais e teu luar
Mergulhar na paz do Araripe
E em tuas fontes me banhar
É tanta saudade Cariri

Quero estar pertinho de você
Pra no meu abraço teu sorriso
Nos teus rios meus sonhos correr"

É este  Jorge de Altinho.

 
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Alvaney Pires, um empresário dedicado a Toyama Tec na prestação de serviço de Petrolina e região

O empresário Alvaney Pires afirma que a Toyama-Tec-distribuidor autorizado de peças e serviços, oferece produtos com qualidade e tecnologia que atende e supera as expectativas do mercado, aliados a um excelente custo e benefício, sendo ainda referência em Assistência Técnica, treinamentos, linha de produtos e pós-vendas.

Em Petrolina a empresa atende o comprometimento com clientes. A Toyama Tec está localizada no Bairro Areia Branca, avenida 7 de setembro, fone 87 38673833.

Segundo Alvaney a Toyama-Tec possui uma preocupação contínua em todos os seus produtos. Para isso possui uma equipe que garante esta Qualidade, desde o projeto do produto atuando com rigor na obtenção dos materiais a utilizar na fabricação. Levando assim produtos com a máxima eficiência e qualidade esperada.
      
A missão do atendimento da Toyama-Tec se baseia nos seguintes princípios: Identificar, atender e superar as expectativas do cliente; Estimular e valorizar a qualidade dos colaboradores e  Colocar no mercado produtos que superem a expectativa dos clientes e consumidores.
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