Sergipe: Emoção marcou o XIII Fórum do Forró em Aracaju



Homenagens, histórias e muita música marcaram o XIII Fórum de Forró,  no Teatro Atheneu. O evento foi iniciado com um cortejo, de música, dança e encenações, além da fala do presidente da Funcaju, Manoel Viana. 

O tema desta edição foi "Forró Temperado", inspirado em uma música de Cecéu. "Este tema, se refere ao tempero do ritmo, do som, da melodia, da criatividade. Se refere ao forró, essa música que é nordestina, mas que rompeu barreiras do país inteiro", justificou a vice-presidente da Funcaju, profª. Aglaé Fontes, durante a Fala Inspiradora.

O evento contou ainda com a palestra do músico e pesquisador, Bráulio Tavares, que falou sobre os novos caminhos que estão surgindo para o forró. "O forró pode ser temperado de diversas maneiras e por diferentes meios, aproveitando as tecnologias que estão surgindo, mas sem perder sua origem e tradição", afirmou. 

Os músicos Genaro, Antônio Barros e Cecéu, e o idealizador do Fórum, Paulo Corrêa, participaram de um debate contando histórias sobre suas composições, carreira e sobre alguns encontros com outros grandes nomes da música como Luiz Gonzaga, Marines e Dominguinhos. Em seguida os três forrozeiros participaram do momento musical, junto com as cantoras Mayra Barros e Antônia Amorosa.

Os sanfoneiros e músicos Leo Rugero, Bastinho Calixto e Luizinho Calixto participaram de uma mesa redonda sobre a importância da sanfona de Oito Baixos.

Na ocasião também ocorreu a entrega do Troféu Gérson Filho, aos homenageados e seus representantes. Este ano, o Fórum homenageia os forrozeiros sergipanos Rogério e Edgard do Acordeon, além De Zé Calixto e a dupla Antônio Barros e Céceu. O evento, que é promovido pela Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), faz parte da programação oficial do Forró Caju 2014. O evento foi realizado entre os dias 04 a 06 de junho.

Fonte: Ascom Aracaju-Se
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Cantor e sanfoneiro Flávio Baião se apresenta no Festival de Arte e Cultura do Território do Sertão do São Francisco

O Centro de Cultura João Gilberto, em Juazeiro, será palco para a realização do “IV Festival de Arte e Cultura do Território do Sertão do São Francisco”, evento que ocorrerá de 03 a 08 de junho próximo.

Ele conta com o objetivo de celebrar, difundir e fomentar as manifestações artísticas e culturais dos municípios que integram o Território São Francisco, pelo seu lado baiano, visando não apenas a divulgação dos movimentos, manifestações, como também a vivência de diversas linguagens artísticas e o diálogo sobre a cultura.

O IV Festival de Arte e Cultura do Território do São Francisco é uma realização do Centro de Cultura João Gilberto com o apoio da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult/BA), Superintendência de Desenvolvimento Territorial da Cultura (Sudecult) e Diretoria de Espaços Culturais (DEC).

Promovido pela Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA), por meio da Diretoria de Espaços Culturais (DEC).
PROGRAMAÇÃO:

Sábado (07.06)
Exposição – “Perfil fotoetnográfico das populações quilombolas do Submédio São Francisco – coordenadora – Márcia Guena – Uneb, Campus III – (sala 01)
18h – Discotecagem de Rock com a DJ Elys Ramila
19h20 – Banda Desideratu
20h30 – Show Pirombaião – Grupo Pirombeira
22h30 – Banda Cangaceiro Hi-tech
23h30 – Show de Flavio Baião com participação de Silas Souza
00h – Show Tio Zé Ba (Apocalipses Reggae)
  • Domingo (08.06) Exposição – “Perfil fotoetnográfico das populações quilombolas do Submédio São Francisco – coordenadora – Márcia Guena – Uneb, Campus III – (sala 01)
  • 18h – Quebra Pote, Pau-de-Sebo e rainha do milho
19h – Quadrilhas juninas do Território
20h – Roda de capoeira com o Grupo Abadá
21h – Grupo folclórico Roda de Braço (Baraúna)
21h30 – Silas Souza (estacionamento)

Fonte e foto: Portal Secult-BA


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Selo "Discobertas" coloca nas lojas uma reedição dos discos de Jackson do Pandeiro

Neste mês de junho, o selo Discobertas coloca nas lojas uma reedição de inestimável apreço histórico. Três álbuns de carreira do paraibano Jackson do Pandeiro (1919-1982) estão de volta, em CD, com nova masterização e a reprodução dos encartes originais. São eles: O Cabra da Peste (1966), A Braza do Norte (1967) e É Sucesso (1968). Os três saem empacotados na caixa Jack do Pandeiro Anos 60 – 1966-1969 (R$ 100,00, em média), que ainda traz um quarto CD, exclusivo, contendo raridades desse período.
Marcelo Fróes, diretor do Discobertas e produtor executivo das reedições do selo, contou ao JORNAL DA PARAÍBA que pretende reeditar mais discos de Jackson do Pandeiro.

Para a tarefa, conta com o apoio imprescindível de Zé Gomes. “Ele é um grande amigo, o trabalho dele é excelente e a gente sempre bate bola”, confirma José Gomes, que além de ter herdado o talento musical do tio, também cuida do espólio do artista paraibano.

O selo já reeditou dois discos duplos do rei do ritmo que abrangem a produção fonográfica do paraibano nos anos 50, e ainda um CD ao vivo com um show raro (o Ao Vivo, de 2011, extraído de uma fita que o músico Jarbas Mariz, também paraibano, guardava em casa) e já negocia os títulos que o rei do ritmo lançou a partir dos anos 1970.

“O grande problema são as gravadoras. Elas não fazem (as reedições), nem deixam a gente fazer”, lamenta José Gomes, comentando o desafio que é conseguir relançar, sobretudo, os álbuns que Jackson gravou para a Phillips (hoje, no catálogo da Universal Music).

Fonte: Jornal da Paraíba-André Cananea/Selo Discoberta
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Caruaru: Um Brasil que precisa conhecer o Alto do Moura e a arte do Mestre Vitalino

O Alto do Moura é um bairro de Caruaru, município do agreste pernambucano, onde se concentra uma comunidade de artistas do artesanato do barro. O Alto do Moura está localizado a cerca de 7 km do centro da cidade, é considerado, pela Unesco,  o maior centro de arte figurativa das Américas.

Pesquisas apontam que antes do século XVI, a região fazia parte de um território compreendido entre a Bahia e o Maranhão, habitado pelos índios Kariris, que possuiam uma produção de cerâmica de barro rústica.  Fazendo-se uma comparação da cerâmica utilitária produzida pelos loucerios de barro da região, até a metade do século XX, nota-se que há uma grande influência da cultura indígena, assim como a existência também de algumas práticas  introduzidas pelos negros e pelos portugueses.

Antigamente, a confecção de potes, jarras, moringas (chamadas no Nordeste de quartinhas) e outros utensílios domésticos era uma tarefa restrita às mulheres e às crianças. As técnicas utilizadas por elas eram muito semelhantes  a dos indígenas e a tradição era transmitida de mãe para filha nas atividades domésticas.

Com o progresso e o desenvolvimento urbano, durante a primeira metade do século XX, a produção se transformou, cada vez mais, numa fonte de renda auxiliar para a subsistência da familias da zona rural.

Um dos principais fatores para o aumento da produção de cerâmica de barro na região foi a existência da Feira de Caruaru, onde se poderia comercializar os objetos confeccionados com mais facilidade.

Mesmo assim,  até o final da década de 1940, a economia do  Alto do Moura dependia basicamente da agricultura de subsistência familiar, com pequenas culturas de milho e mandioca.

A partir da ida de Vitalino para o local, em 1948, houve uma nova perspectiva para a comunidade. A fama nacional do Mestre contribuiu para facilitar a comercialização das peças, tornando-se uma atividade lucrativa. O trabalho deixou então de ser unicamente feminino, passando os homens a aderir à prática da cerâmica figurativa de barro.

No Alto do Moura, os artistas trabalham nas suas casas,  modelando o barro e criando diversos objetos e figuras de todos os tipos. Suas casas são verdadeiros ateliês onde, além de criar, eles vendem o produto do seu trabalho. Os temas básicos dos artesãos são motivos folclóricos e que retratam o cotidiano do homem sertanejo: o bumba-meu-boi, o maracatu, as bandas de pífano, os retirantes da seca, o cangaço e os cangaceiros, principalmente os famosos Lampião e Maria Bonita, o vaqueiro, a vaquejada, o casamento e o enterro na zona rural.

Em 1971, a casa onde viveu  Vitalino Pereira dos Santos (1909-1963) foi transformada na Casa Museu Mestre Vitalino. No local, são expostos suas principais peças, objetos pessoais, fotografias, mostrando um pouco da história do famoso artesão caruaruense. Construída em 1959, a casa sofreu alguns reparos para se transformar em museu, mas conservou a estrutura original em tijolo cru. Estima-se a produção original de Vitalino em cerca de 130 peças, que continuam sendo reproduzidas por seus filhos, netos e bisnetos. As peças mais valorizadas são as da primeira fase de sua obra, cujos bonecos têm os olhos vazados e não pintados. Na Casa Museu a entrada é gratuita. Um dos filhos de Vitalino é o guia e também o administrador do museu.

Fica também localizada no Alto do Moura a Casa Museu Mestre Galdino, que abriga diversas peças de barro, fotografias e poesias, que mostram a história do artesão, cantador de viola e poeta popular Manuel Galdino de Freitas (1929-1996).

Um dos seguidores de Vitalino, Manuel Eudócio – agraciado em 2009 com o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco – é um dos famosos bonequeiros do Alto do Moura, assim como seu cunhado, Zé Caboclo (José Antonio da Silva, 1921-1973) também o foi.

Em 1990, a comunidade já contava com mais de quinhentos artesãos trabalhando diretamente com a cerâmica figurativa.

Mestre Vitalino se notabiliza por suas figuras inspiradas nas crenças populares, em cenas do universo rural e urbano, no cotidiano, nos rituais e no imaginário da população do sertão nordestino brasileiro. Ainda criança, começa a modelar pequenos animais de seu repertório rural: boi, bode, burro e cavalo. Na década de 1930, possivelmente influenciado pelos conflitos armados do período, modela seus primeiros grupos, formados por figuras de cangaceiros, soldados, bacharéis e políticos. No início, a cor é obtida por meio de argilas de diferentes tons, avermelhado e branco. Depois, Vitalino pinta os bonecos com tintas industriais, o que lhes confere um aspecto alegre e lúdico. A partir de 1953, deixa de pintar as figuras, mantendo-as na cor da argila queimada.

Sem se preocupar com a concorrência, não se incomoda que outros artesãos observem seu trabalho, imitem sua técnica e suas inovações de motivos. Vitalino deixa vários discípulos, como Zé Rodrigues e Zé Caboclo, além de filhos e netos, que seguem produzindo trabalhos de cerâmica com o mesmo repertório temático e o vocabulário formal criado por ele.

 Boa parte de seus trabalhos se refere aos três principais ritos de passagem: nascimento, casamento e morte. As cenas de batizados são como crônicas do cenário rural.

Além do artesanato do barro, o Alto do Moura possui bares e restaurantes especializados na culinária pernambucana, principalmente em pratos feitos com a carne de bode e carne de sol.

Fonte: Fotos Arquivo Ney Vital-
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Documentário que revela vida e obra do sanfoneiro Dominguinhos entra em cartaz nesta quinta-feira em Garanhuns

Entra em cartaz nesta quinta-feira (05), em Garanhuns (PE), o documentário “Dominguinhos”. Dirigido pelo diretor de
vídeos de peças teatrais Joaquim Castro, junto com o pianista e compositor Eduardo Nazarian e a cantora Mariana Aydar, a obra revela a vida do músico José Domingos de Moraes de maneira aprofundada, apresentando imagens de arquivo, narrações do próprio sanfoneiro e declarações de inúmeros artistas do Brasil. A estreia acontece às 20h30min, no Cine Eldorado, localizado na Avenida Rui Barbosa, nº 1071, bairro Heliópolis.

O documentário também estará sendo exibido, no mesmo dia, em cinemas de Salvador (BA), Recife (PE), Fortaleza (CE) e João Pessoa (PB). Na “Cidade das Flores”, o valor do ingresso varia de acordo com o dia da semana. Nas segundas e quartas a entrada custará 8,00 reais; terças e quintas, a inteira é 16,00 reais e a meia fica por 8,00; já na sexta, sábado e domingo, o ingresso de entrada inteira é no valor de 18,00 reais, sendo, a meia entrada por 9,00 reais.

Trechos de shows célebres estão inclusos nos mais de 80 minutos de duração do longa. Entre eles, a direção evidencia uma apresentação bem humorada de Dominguinhos com Luiz Gonzaga. Além disso, o público poderá conferir cenas de seu primeiro casamento e de sua parceria de vida e de música com Anastácia. Para a produção do vídeo, foi realizada uma extensa pesquisa de acervos nacionais e internacionais.

Conversa especial – No sábado (07), ao término da sessão, o público poderá participar de um bate-papo com Joaquim Castro, um dos diretores do documentário e com o professor Antônio Vilela, autor de um livro sobre o homenageado.


Fonte: Ascom Garanhuns-Cloves Teodorico
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Campanha alerta e mobiliza população para necessidade de revitalizar Rio São Francisco

Dia Nacional em Defesa do Velho Chico, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco promove hoje (3) campanha para mobilizar a população de várias cidades às margens do rio. O objetivo da campanha “Eu viro carranca pra defender o Velho Chico” é alertar o Poder Público sobre a importância de revitalizar o rio e focar em um planejamento a médio e longo prara o São Francisco. 

Para o presidente da entidade, Anivaldo Miranda, “a campanha é urgente em uma época de mudanças climáticas, quando temos que aprofundar, intensificar e organizar melhor a gestão de recursos hídricos”.

Segundo ele, uma das grandes batalhas enfrentadas pelo Rio São Francisco é demostrar para o Estado que sua revitalização deve ser vista como parte de um projeto estratégico para o presente e o futuro. “A população não deixa de crescer, as atividades econômicas se multiplicam, o clima torna essa região mais problemática. Ou nós mudamos nossa cultura, ou nós vamos evidentemente observar a intensificação dos conflitos.”

Miranda aponta os vários projetos de uso de recursos hídricos da Bacia do São Francisco, como o corredor multimodal, o projeto da transposição, a expansão dos perímetros irrigados e os canais estaduais. “São projetos que o Poder Público municipal, estadual e federal realiza sem se perguntar até onde vai a capacidade da bacia para atender a todos. Para que os projetos se realizem, precisa ter vazão garantida.”

O presidente do comitê alerta também para a situação crítica que vive o rio pela estiagem prolongada – a pior em 50 anos, agravada pela redução da vazão nos reservatórios. Para Miranda, a situação é desafiadora. “Desde 2001, está sendo praticada a redução de vazão para atender às hidrelétricas. Eles usam esse recurso que tem um custo ambiental, social e econômico para os demais usuários da água e as hidrelétricas não se manifestam sobre a devida compensação financeira que devem fazer.”

Ele cita também as outorgas dadas pelos estados em rios afluentes da bacia. “Muitos estados ainda não fizeram um trabalho consistente de elaborar seus planos diretores de bacia, mas estão dando outorgas. Fazer isso sem saber a condição do aquífero é como dar um cheque em branco, e o sistema de outorgas é uma farra de cheques em branco, então é preciso fazer essa revisão.”

O presidente do comitê propõe a articulação do chamado Pacto das Águas, por meio do qual se estabeleceria a gestão articulada dos recursos da bacia hidrográfica.             


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Obra de Luiz Gonzaga, Rei do Baião ganha codificação em livro

Em meados dos anos 2000, os músicos Climério de Oliveira Santos e Tarcísio Soares Resende conceberam um songbook diferente, que sintetizava a essência dos maracatus de baque solto e virado, lançado em 2005. Idealizado já para uma série, batizada de Batuque Book, o trabalho teve continuidade com a um volume sobre caboclinho, em 2009, e um DVD, também sobre maracatu, em 2011. Agora Climério traz o terceiro volume da série, Forró: a codificação de Luiz Gonzaga, no qual destrincha a obra do Rei do Baião.

O lançamento oficial ocorreu no museu Cais do Sertão (Bairro do Recife). Na ocasião, o autor e sua banda realizaram  um pocket-show tendo como convidados os cantores Herbert Lucena e Maciel Melo e o sanfoneiro Gennaro.

Segundo o autor, a codificação “é tudo o que Gonzaga fez, com 40 parceiros de composição, tudo o que é atribuído a ele”. “É essa persona, todo o som atribuído a Gonzaga”, conta.

Diferentemente do primeiro songbook, que teve 80% de partituras e 20% de textos, Forró possui no livro 10% de partituras, que agora estão num DVD multimídia - que substitui o tradicional CD.

Fonte: Memorial Cais do Sertão
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