Luiz Gonzaga Rei do Baião e doutor do Meio Ambiente

O Rei do Baião, Luiz Gonzaga possui o título maior no Ensino Superior. A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) concedeu ano passado ao cantor e compositor Luiz Gonzaga o título de Doutor Honoris Causa (in memoriam), maior honraria das instituições de ensino.

Este título, nestes tempos de inversões dos valores educacionais e culturais, onde prolifera nos meios de comunicação péssima educação, gritaria, letras que incentivam desunião, falta de amor; o título traz a oportunidade de valorizar o aprendizado e vontade própria de ser vencedor de um cidadão que não nasceu em berço de ouro.

Todo brasileiro sabe da condição de semi analfabeto de Luiz Gonzaga, mas cidadão que sempre sonhou em aprender e propagar o quanto é importante estudar na vida e ter um diploma universitário. O título concedido pela UFRPE é merecido e simboliza a valorização da leitura e do aprendizado.

A ideia de conceder o título a Luiz Gonzaga veio do professor e pesquisador da UFRPE Severino Mendes Júnior, especialista em aves migratórias. Durante uma entrevista o professor falou a importância de Luiz Gonzaga, um autêntico defensor do meio ambiente.  A reportagem girava em torno das aves que ilustraram canções do compositor, a exemplo da asa branca e do assum preto. Na ocasião da entrevista, o professor afirmou que, pela afinidade das letras de Gonzaga com os estudos da UFRPE – que ilustraram outras reportagens sobre o tema, a exemplo das árvores –, o compositor merecia o título máximo de Doutor Honoris Causa.

Luiz Gonzaga é um “autêntico representante da cultura nordestina, cujas canções envolvem ecologia e meio ambiente, enaltecendo a fauna da caatinga e referenciando a conservação da natureza”.

O Título de Doutor Honoris Causa é concedido a personalidades que tenham se distinguido pela sabedoria ou pela atuação frente a artes, ciências, filosofia, letras ou das relações com a sociedade. O título de doutor universitário proporciona a Luiz Gonzaga o mote de nós todos cantar e incentivar nossos jovens a estudarem e buscar o diploma que vai garantir liberdade. A educação é a única forma de libertação.

Afinal, o estudo de Luiz Gonzaga foi sua sanfona. E os josés, severinas e Marias, Antonios que não sabem tocar sanfona para ganhar o pão de cada dia?
Nenhum comentário

Brasil Celebra 5 anos de ausência de Ana das Carrancas, a Dama do Barro

Considerada uma das artesãs e ceramistas mais populares e importantes do interior do Nordeste, a sertaneja Ana Leopoldina dos Santos, que ganhou o mundo das artes como Ana das Carrancas, morreu no dia 1º de outubro de  2008 deixando um grande legado às suas filhas Maria da Cruz e Ângela Lima, além de seu marido José Vicente, deficiente visual que chegou a ser homenageado pela esposa na maioria das peças que ganharam traços afetivos: olhos vazados.

Até o dia 4 de outubro deste ano, quem for ao Sesc de Petrolina, não pode deixar  de entrar na galeria batizada com o nome da artista,  a exposição  Os olhos Cegos do Rio.

São memórias, afetividades e todo um imaginário popular que permeia a obra da ceramista, ícone da cultura nordestina, a partir de um recorte contemporâneo da sua produção. A exposição permite uma visita a trajetória da artista que tem peças de sua autoria em vários parte do Brasil, Estados Unidos e França.

Com o suporte de textos e fotografias, ao todo são 19 peças tridimensionais modeladas pela artesã entre as décadas de 60 e 90, fases em que a ceramista aguçava sua criatividade, fazendo experimentações que iam além da tradição das carrancas que nasceram às margens do rio batizado pelo nome de seu santo de devoção. Carrancas de diversos tamanhos, imagens do Cristo coroado, gangula (barco com carranca na proa) e fisionomias humanas, dão o mote à exposição.

Para as filhas da artesã Maria da Cruz e Ângela Lima que dão continuidade ao legado artístico da matriarca participando de diversos eventos pelo país a exemplo da Fenneart, essa exposição é uma espécie de retrovisor que faz uma ponte com as novas gerações. “Para família é uma lembrança afetiva  que permanece na rotina do centro de arte. Há visitantes que veem o conjunto como novidade, mas não deixa de ser um mergulho num trabalho feito por mais de meio século”, observa Maria da Cruz. Ângela Lima que acabara de assinar um painel com carrancas em diversos tamanhos na entrada da UPA recém-inaugurada na cidade, observa que a o trabalho da mãe permanece vivo na memória de quem a conheceu de perto e atrai o interesse de jovens pesquisadores que atuam nas artes plásticas.

As peças expostas fazem parte do acervo da família que fica no Centro de Artes Ana das Carrancas, localizado na Cohab Massangano, e de colecionadores  que cederam seus exemplares para o evento.

A Dama do Barro, como ficou conhecida, nasceu Ana Leopoldina Santos em 1923 na localidade de Santa Filomena, então distrito de Ouricuri, Sertão do Araripe. Ainda jovem mudou-se para o Piauí. De lá a seca provocou mais um êxodo rumo a Petrolina, onde a família embasada na fé, ancorou-se nas imediações do rio São Francisco. Em 2008, a artesão faleceu por conta de diversos problemas de saúde. Ao definir sua arte ela costumava dizer: “O barro é como gente. Tem o ruim e o bom. Conhecendo o barro se conhece o mundo”.

Nenhum comentário

Juiz Onaldo Queiroga é autor do livro Baião em Crônicas

Parte do universo “Gonzagueano” está retratado no mais novo livro do juiz de Direito e escritor, Onaldo Rocha de Queiroga, intitulado 'Baião em Crônicas'. Segundo o autor, “é impossível numa única obra escrever acerca de Luiz Gonzaga, sem que haja omissões sobre sua vida pessoal, como também artística”. Baião em Crônicas é título do livro.

O livro traz uma abordagem sobre a vida e a obra de Luiz Gonzaga, desde o nascimento do artista, internacionalmente conhecido como o “Rei do Baião. Por outro lado, o magistrado, que se revela um dos pesquisadores mais atentos e atuais do filho de Januário e dona Santana, demonstra, através de crônicas e fotos, uma boa parte da trajetória de Luiz Gonzaga.

Está tudo no livro. Desde o seu nascimento no Sítio Caiçara, Exu (PE), passando pela infância, adolescência, sua saída do Exu, inclusive exemplificando o motivo, os dez anos de serviço militar no Exército brasileiro, sua baixa na citada carreira militar, a chegada ao Rio de Janeiro, o início de sua vida profissional junto a RCA Victor e nas rádios Nacional e Tamoio.

Onaldo Queiroga revelou que a obra descreve a fase profissional de um dos grandes nomes da música popular brasileira de todos os tempos, sendo como músico, compositor, intérprete, instrumentista, “mostrando-o desde 1941, com o seu lado instrumental, início assim de sua carreira, passando pelo encontro com Humberto Teixeira (1945), onde começa o lado regional de sua obra musical.

O livro ainda descreve a fase de declínio de Luiz Gonzaga, revelando os fatores que contribuíram para esse momento, além de mostrar o seu retorno ao cenário da mídia nacional, fulminando com a sua volta para o Nordeste, sua despedida em 2 de agosto de 1989, e, por fim, comenta o pós morte do Gonzagão. “É bem verdade que o livro busca também fazer um resgate dos principais parceiros de Luiz Gonzaga, indo desde Humberto Teixeira, Zé Dantas, Zé Marcolino, João Silva, entre outros”, destacou o autor.

A obra aborda a família, parceiros e descendentes musicais do baião. Contudo, Onaldo Queiroga reconhece que alguns leitores irão sentir a ausência de nomes importantes do cenário do Baião. “Não houve como, agora, falarmos de artistas da estirpe de Petrúcio Amorim, Maciel Melo, Abdias, Acyole Neto, Arlindo dos 8 Baixos, Nando Cordel, Jorge de Altinho, Zé Calixto, Luizinho Calixto, Flávio Leandro, Flávio Baião, e tantos outros que com certeza estarão numa próxima edição”, ressaltou.

O compêndio trata também de mostrar as vertentes da obra “Gonzagueana”, caminhando pelo lado religioso, de protesto, de cunho familiar, ecológico, telúrico. “Enfim, procura levar aos leitores as diversas faces da vida e obra do Rei do Baião, e, com isso, a leitura enfoca um Gonzagão político sem mandato, o que sempre foi uma marca na caminhada. Mostra um Gonzaga pacificador, levando a paz ao seu torrão natal, Exu, que tanto sofreu com a guerra de três importantes famílias”, acrescentou.

Mesmo assim, o livro apresenta-se como mais um contributo ao mundo de Luiz Gonzaga. Acima de tudo busca demonstrar que Gonzaga foi e sempre será uma referência, “um norte, não só como artista, mas como homem e cidadão, por isso, continuará sendo espelho e guia para novos artistas, e como em tempos idos, incrivelmente, de diversos ritmos e seguimentos”, comenta Onaldo Queiroga.
Fonte: TJPB/Gecom – Fernando Patriota
Nenhum comentário

Forró Na Sombra do Juazeiro movimenta Poço de Fora sábado, 5

Tradição e Modernidade, Segurança e Diversão, Sanfona e Samba e muita alegria são os ingredientes do Forró na Sombra do Juazeiro que acontece sábado, 05, em Poço de Fora, Curaça-Ba.

O Forró na Sombra do Juazeiro atrai caravanas de Salvador, Camaçari,  Curaçá, Uauá, Pilar, Juazeiro, Petrolina, Jaguarari, Senhor do Bonfim, todos  em busca do legado cultural regional unido ao contato com a natureza, visto que a localidade Poço de Fora é um espetáculo cinematográfico.

Para valorizar a cultura nordestina este ano estarão presentes na programação Tinho do Acordeom e Adelmário Coelho, Zezinho da Ema, Favorita do Brasil e Swing Samba. São mais de 10 horas de forró.

Os ingressos para o Forró na Sombra do Juazeiro são comercializados no Passaporte da Folia em Juazeiro e no SG Posto Orla em Petrolina.
Nenhum comentário

Prefeitura de Petrolina ganha iluminação Rosa

O prédio da Prefeitura de Petrolina ganha este mês uma iluminação diferente: cor de rosa. A solenidade, marcada para às 18h30, contará com a presença do prefeito Julio Lossio, representantes de entidades parceiras da campanha Outubro Rosa,  secretários municipais.

Esta iniciativa faz parte da programação do “Outubro Rosa” que acontece durante o mês de outubro não só em Petrolina, mas em diversas cidades do Brasil e do mundo. O objetivo é conscientizar a população sobre as formas de prevenção contra o câncer de mama.

A ação da Prefeitura tem o objetivo de  lembrar a luta e prevenção ao câncer de mama e do colo do útero.

O rosa remete à cor do laço que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama e estimula a participação da população e de entidades. A ponte Presidente Dutra, o Monumento da Integração e a Catedral também vão ganhar iluminação rosa no  mês de Outubro.
Nenhum comentário

Estatuto do Idoso completa 10 anos

A aposentada Ilda Maria do Carmo é daquelas que acreditam que o avanço da idade não está necessariamente associado à diminuição da disposição, por exemplo, para atividades físicas e culturais. Aos 68 anos, ela aproveita o tempo livre para ir à academia, onde, três vezes por semana, caminha na esteira e faz musculação.

Para manter o cérebro ativo, Ilda lê revistas semanais, livros de temas variados e costuma ir a feiras de artesanato, cinemas e espetáculos musicais. Para fazer todos esses gastos caberem no orçamento doméstico, ela usa alguns dos benefícios previstos no Estatuto do Idoso, que completa dez anos hoje (1º), como a meia-entrada em teatros, cinemas e eventos culturais. Para Ilda, a facilidade estimula essa parcela da população a ter uma vida mais prazerosa.

"É bom porque a gente já tem que gastar tanto com remédios, que facilita um pouco para ter uma vida mais movimentada e até agradável. Em geral, eu fico sozinha em casa, porque minha filha sai para trabalhar, então tenho que encontrar atividades para ocupar o corpo e a mente", contou. "Muita gente fica admirada, mas eu digo que é importante. Enquanto eu puder, vou me movimentar bastante", acrescentou.

Esse tipo de benefício previsto no Estatuto do Idoso, válido para pessoas com 60 anos ou mais, é um dos principais avanços da lei na avaliação da demógrafa Ana Amélia Camarano, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Ela cita ainda a criminalização da violência contra brasileiros nessa idade e a definição de sanções administrativas para o não cumprimento dos dispositivos legais, atribuindo ao Ministério Público a responsabilidade de agir para garanti-los.

Por outro lado, a demógrafa critica o fato de o estatuto não ter estabelecido prioridades para a implementação nem fontes para o seu financiamento, como no caso da meia-entrada. Em sua avaliação, essa lacuna causa uma divisão mal planejada dos custos entre a sociedade.
Fonte: Agencia Brasil
Nenhum comentário

Adalberto Cavalcanti, agora é do PTB e rompe com PSB

O deputado estadual Adalberto Cavalcanti agora no PTB, do pré-candidato a governador de Pernambuco atual senador Armando Monteiro, é no momento a "atração" dos rádio, jornais e redes sociais. Explica-se: rompeu com o PSB e a expectativa é que dispute vaga para Deputado Federal em 2014.
Nenhum comentário

← Postagens mais recentes Postagens mais antigas → Página inicial