E TOME FORRÓ: CANTOR E SANFONEIRO EUGÊNIO CERQUEIRA USA CRIATIVIDADE E FESTEJA ATRAVÉS DE LIVE, O DIA DO ANIVERSÁRIO

Em tempos de isolamento social, vários artistas estão aproveitando a quarentena para fazer shows de casa e transmitir nas redes sociais. O cantor e sanfoneiro Eugênio Cerqueira usa a criatividade e através da Live comemora os seus 48 anos de nascimento. O cantor abre para os fãs e amigos uma apresentação na internet: AniverLive.

A live também será transmitida pelo facebook e pelo Instagram da @radiodiamantinafm. 

Amigos de todos os lugares do Brasil, em especial o Grupo Tropa Gonzagueana e Amigos de Luiz Gonzaga, se faz presente desde as primeiras horas desta quinta-feira (9), com ligações para parabenizar o artista.

Nascido no dia 9 de abril de 1972, Eugênio Cerqueira tem como tema "E Tome Forró".

Estimado por amigos e elogiado pela crítica musical, Eugênio Cerqueira é um gonzagueano que todos os anos toca em Exu, Pernambuco, onde no dia 13 de dezembro é presença nos festejos do nascimento de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, no Parque Asa Branca.

Nascido na cidade de Morro do Chapéu, Bahia, Eugênio é músico profissional, cantor, sanfoneiro, arranjador, tecladista e diretor musical. O talento de Eugênio Cerqueira permitiu reunir no projeto “Amante da Natureza", em 2008, no primeiro CD, sanfoneiros e cantores, Dominguinhos, Flávio José, Adelmário Coelho, Zelito Miranda, João Sereno, Del Feliz e Wilson Aragão. 

A paixão pelo forró veio desde muito cedo quando seu pai, João Cerqueira, o presenteou aos dez anos, com a primeira sanfona. O menino então a partir dali só ampliou os conhecimentos e estudos. 

Os frutos e o talento proporcionaram a Eugênio acompanhar grandes nomes da música popular brasileira, a exemplo de Luiz Caldas, Zé Paulo, Banda Pinote, Nalanda, Fafá de Belém e tantos outros. 

Eugênio possui no mercado discos e um DVD gravados, tendo neste último a participação especial de Marquinhos Café e Zelito Miranda. O DVD...E Tome Forró!! mostra o talento ao vivo do cantor e sanfoneiro, valorizando o xote, o baião, a vaquejada, a mulher, a dança e  o rasta pé presente em composições de artistas diversos. 

No DVD “E TOME FORRÓ, Eugênio Cerqueira fez um registro audiovisual mostrando toda a alegria contagiante que toma conta de todos que assistem ao show do cantor e comprometido com uma das melhores safras de sanfoneiros e cantores que não deixa ninguém parado, quando o assunto é um buliçoso forrobodó.

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BOLSONARO VOLTA A ATACAR GOVERNADORES E PREFEITOS EM PRONUNCIAMENTO

Em pronunciamento transmitido em rede nacional na noite de ontem quarta-feira (9), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defendeu novamente a volta das pessoas ao trabalho e o uso da hidroxicloroquina no tratamento de pacientes com o novo coronavírus no Brasil.

Não há estudos que comprovem a eficiência da substância no combate à Covid-19. Por isso, a hidroxicloroquina ainda não é aceita mundialmente como um método de tratar a doença.

O presidente afirmou ainda que o governo brasileiro receberá até este sábado matéria-prima para a produção de mais hidroxicloroquina, em acordo comercial com a Índia. "Agradeço ao primeiro-ministro Narendra Modi e ao povo indiano por essa ajuda tão oportuna ao povo brasileiro", disse.

Como tem feito desde a chegada do novo coronavírus ao Brasil, Bolsonaro voltou a defender o retorno das pessoas ao trabalho. O presidente contraria recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e sugere o chamado "isolamento vertical", no qual apenas quem estiver no grupo de risco (idosos e pessoas com doenças crônicas) deve ficar em casa. Por outro lado, o Ministério da Saúde recomenda um confinamento mais abrangente, para evitar a disseminação da doença e uma consequente sobrecarga no sistema de saúde nacional.

"Tenho certeza de que a grande maioria dos brasileiros quer voltar a trabalhar. Esta sempre foi minha orientação a todos os ministros, observadas as normas do Ministério da Saúde", disse o presidente, que ainda citou prefeitos e governadores como responsáveis por determinar medidas de isolamento em estados e município. 

"Respeito a autonomia dos governadores e prefeitos. Muitas medidas de forma restritiva ou não são de responsabilidade exclusiva dos mesmos. O governo federal não foi consultado sobre sua amplitude ou duração. Espero que brevemente saiamos juntos e mais fortes, para que possamos melhor desenvolver o nosso país.", disse.

Nesse trecho do pronunciamento, Bolsonaro voltou a tirar do contexto uma declaração do diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, a exemplo do que havia feito há uma semana. "Como afirmou o diretor da Organização Mundial de Saúde, cada país tem suas particularidades. Ou seja, a solução não é a mesma para todos. Os mais humildes não pode deixar de se locomover para buscar o seu pão de cada dia. As consequências do tratamento não podem ser mais danosas do que a própria doença. O desemprego também leva à pobreza, à fome e à miséria. Enfim, à própria morte", disse o presidente.

Leia, na íntegra, o pronunciamento de Bolsonaro

Vivemos um momento ímpar em nossa história. Ser presidente da República é olhar para um todo, e não apenas as partes. Não restam dúvidas de que o nosso objetivo principal sempre foi salvar vidas. Gostaria, antes de mais nada, com as famílias que perderam os seus entes queridos nesta guerra que estamos enfrentando. Tenho a responsabilidade de decidir sobre as questões do país de forma ampla, usando os ministros que escolhi para conduzir o destino da nação. Todos devem estar sintonizados comigo. Sempre afirmei que tínhamos dois problemas a resolver: o vírus e o desemprego, que deveriam ser tratados simultaneamente.

Respeito a autonomia dos governadores e prefeitos. Muitas medidas de forma restritiva ou não são de responsabilidade exclusiva dos mesmos. O governo federal não foi consultado sobre sua amplitude ou duração. Espero que brevemente saiamos juntos e mais fortes, para que possamos melhor desenvolver o nosso país. Como afirmou o diretor da Organização Mundial de Saúde, cada país tem suas particularidades. Ou seja, a solução não é a mesma para todos. Os mais humildes não pode deixar de se locomover para buscar o seu pão de cada dia. As consequências do tratamento não podem ser mais danosas do que a própria doença. O desemprego também leva à pobreza, à fome e à miséria. Enfim, à própria morte. Com esse espírito, instruí meus ministros.

Após ouvir médicos, pesquisadores e chefes de estado de outros países, passei a divulgar, nos últimos 40 dias, a possibilidade do tratamento da doença desde a sua fase inicial. Há pouco, conversei com o doutor Roberto Kalil. Cumprimentei-o pela honestidade e o compromisso com o juramento de Hipócrates ao assumir que não só usou a hidroxicloroquina, bem como como a ministrou para dezenas de pacientes. Todos estão salvos. Disse-me mais: que mesmo não tendo finalizado o protocolo de testes, ministrou o medicamento agora para não se arrepender no futuro. Essa decisão poderá entrar para a história como tendo salvo milhares de vidas no Brasil. Nossos parabéns para o doutor Kalil.

Temos mais boas notícias. Fruto de minha conversa direta com o primeiro-ministro da Índia, receberemos até sábado matéria-prima para continuarmos produzindo a hidroxicloroquina, de modo a podermos tratar pacientes da Covid-19, bem como malária, lúpus e artrite. Agradeço ao primeiro-ministro Narendra Modi e ao povo indiano por essa ajuda tão oportuna ao povo brasileiro.

A partir de amanhã, começaremos a pagar os R$ 600 de auxílio emergencial para apoiar trabalhadores informais, desempregados e microempreendedores durante três meses. Concedemos, também, a isenção do pagamento da conta de energia elétrica aos beneficiários da tarifa social por três meses, atendendo a mais de 9 milhões de famílias que têm suas contas de até R$ 150. 

Disponibilizamos 60 bilhões via Caixa Econômica Federal destinados a micro, pequenas e médias empresas e à construção civil. Os beneficiários do Bolsa Família, que são quase 60 milhões de pessoas, também receberão o abono complementar do auxílio emergencial. Autorizamos, ainda, para junho um saque de até R$ 1.045,00 aos que têm conta vinculada ao FGTS. Repatriamos mais de 11 mil brasileiros que estavam no exterior, num esforço capitaneado pelo Itamaraty, Ministério da Defesa e Embratur. Tenho certeza de que a grande maioria dos brasileiros quer voltar a trabalhar. Esta sempre foi minha orientação a todos os ministros, observadas as normas do Ministério da Saúde.

Quando deixar a presidência, pretendo passar ao meu sucessor um Brasil muito melhor do que aquele que encontrei em janeiro do ano passado. Sigamos João 8:32: ‘Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará’. Desejo a todos uma Sexta-Feira Santa de reflexão e um feliz Domingo de Páscoa. Deus abençoe o nosso Brasil.
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TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL AVALIA ADIAMENTO DAS ELEIÇÕES, ANALISTAS VEEM DIFICULDADES

Diante da imprevisibilidade sobre a duração da crise provocada pelo coronavírus, aumentam as possibilidades de as eleições municipais de 2020 serem adiadas. Apesar de ter dito que os prazos referentes ao pleito estavam sendo cumpridos, a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, criou um grupo de trabalho para avaliar os impactos da pandemia no cronograma eleitoral. Os técnicos deverão avaliar “as condições materiais para a implementação” do pleito, consultando os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs).

Para Cristiano Noronha, cientista político da Arko Advice, a data da eleição está prevista na Constituição e, portanto, qualquer alteração terá de ser feita pelo Congresso por meio de emenda constitucional. “A própria Constituição estabelece que as regras não podem mudar a menos de um ano antes da eleição. Ou seja, será preciso um trabalho articulado entre o TSE, o Congresso e o STF (Supremo Tribunal Federal), que pode considerar inconstitucional”, explicou.

Acacio Miranda, professor de direito eleitoral, assinalou que a Constituição determina o pré-calendário. “As eleições precisam ser realizadas no primeiro domingo de outubro e no último domingo de outubro (segundo turno). A partir disso, o TSE solta o cronograma das eleições, que já foi publicado no fim de 2019”, disse. Os prazos de que tratam sobre fidelidade partidária e sobre troca de domicílio eleitoral para onde o candidato pretende concorrer já venceram. “Alguém aventou atrasar em 30 dias, para novembro. Outros querem eleição em turno único, no primeiro domingo de dezembro”, ressaltou.

Uma terceira possibilidade está em várias propostas de emenda à Constituição de senadores e deputados. “Querem unificar as eleições. Assim, quem está no cargo agora ficaria até 2022 e lá seriam realizadas eleições gerais, desde o vereador até o presidente da República”, disse Miranda. Ele lembrou que a última vez que uma eleição foi adiada ocorreu em 1980, quando o pleito acabou se realizando em 1982. “Havia bipartidarismo e o governo, ainda uma ditadura, temia que o MDB arrebentasse nas urnas. Adiaram para manter a ditadura por mais dois anos”, esclareceu.

No entender do professor de direito eleitoral Fillipe Lizardo, coordenador de pós-graduação da Faculdade 9 de julho, de São Paulo, o fato de o TSE ter constituído comissão para estudar a viabilidade do adiamento não fixa nada. “É só um estudo do que precisa ser feito, porque o Tribunal não consegue fazer isso sozinho, apesar do poder normativo forte. A questão é constitucional”, reforçou.

Lizardo alertou que o futuro presidente do TSE, ministro Luiz Roberto Barroso, disse que o prazo final para tomar a decisão para o adiamento das eleições deste ano é junho, e que poderia remarcar a eleição para dezembro.

A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu ao Tribunal Regional Federal a suspensão da liminar da Justiça Federal, em Brasília, que determinou o bloqueio dos fundos eleitoral e partidário e destinou a verba, que chega aos R$ 3 bilhões, para o combate ao coronavírus. A verba deverá ficar à disposição do governo Jair Bolsonaro para ser usada “em favor de campanhas para o combate à pandemia ou amenizar suas consequências econômicas”, conforme determinou Itagiba Catta Preta Neto, da 4ª Vara Federal Cível de Brasília. A decisão acolheu ação popular.

Em recurso ao desembargador Carlos Eduardo Moreira Alves, presidente do TRF-1, a AGU afirma que a decisão “revela manifesta ameaça à separação de poderes e anseio de ruptura institucional entre os Poderes da República” sob a justificativa de que seria de competência do Legislativo e do Executivo.

“A decisão impugnada interfere na execução orçamentária federal sem sequer indicar qualquer omissão imputável à União ou suas autoridades no tocante ao combate ao novo coronavírus, seja no campo médico, seja no campo econômico-social”, salientou a AGU.

A AGU conclui que não há “qualquer omissão administrativa que permita concluir pela existência de periculum in mora suficiente à interferência do Poder Judiciário na execução orçamentária federal”.

Em janeiro, o presidente Jair  Bolsonaro sancionou integralmente o Orçamento de 2020, que inclui o Fundo Eleitoral. O dispositivo prevê gasto de R$ 2 bilhões para financiar as campanhas dos candidatos nas eleições municipais previstas para outubro. O valor de R$ 2 bilhões foi aprovado pelo Congresso em dezembro do ano passado. Já o Fundo Partidário foi aprovado no valor de R$ 959 milhões. (Fonte: Correio Braziliense)

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NO RITMO ATUAL, UTIs PODEM LOTAR NA PRIMEIRA QUINZENA DE MAIO

Ferramenta criada por um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) permite aos gestores estaduais e de hospitais envolvidos no combate à Covid-19 fazer simulações realistas sobre a velocidade com que leitos gerais e de UTI serão ocupados nas próximas semanas.

O dispositivo pode ser acessado por qualquer pessoa e usa dados oficiais (como o número de leitos) e premissas baseadas no que ocorre no dia a dia da epidemia (como os novos casos de Covid-19). As novas informações vão ajustando o modelo matemático e aumentam a capacidade de previsão.

Na estimativa dos pesquisadores, haverá falta de leitos de UTI públicos e privados a partir da primeira quinzena de maio, isso considerando que a quantidade de infectados vem duplicando a cada 5,1 dias, o que pode mudar.

A lotação das UTIs duraria mais de dois meses no SUS (onde a maior parte da população é atendida) e cerca de um mês no sistema particular. Em ambos, o tempo de internação de pacientes de Covid-19 vem variando de 15 a 21 dias.

De forma geral, estima-se a falta de leitos de UTI duas semanas antes para a população dependente do SUS em relação aos usuários de plano de saúde.
Já a ausência de leitos gerais poderá ocorrer na segunda quinzena de maio. A duração desse déficit seria de em torno de duas a três semanas, pois os pacientes ocupam esse tipo de leito por menos tempo.

A equipe tem trabalhado ainda para estimar as necessidades de leitos de UTI públicos e privados separadamente, dada a decisão do STF de não intervir na criação de uma "fila única" de pacientes, por gravidade, como estão propondo algumas entidades de sanitaristas.

A ferramenta considera o percentual de pessoas que têm apresentado sintomas que as levam a algum tipo de internação, a velocidade de propagação do vírus, a taxa de ocupação das UTIs antes do início da epidemia e o perfil ajustado, por estado, de idosos com 65 anos ou mais.

Ela permite ainda que, depois de baixada em planilha Excel, o usuário possa fazer as suas próprias simulações ou mudar os critérios adotados inicialmente, como o percentual de pessoas afetadas à medida que a epidemia evolui.

"O objetivo é propor um modelo matemático para previsão da disponibilidade de leitos durante a pandemia e calcular os momentos de ruptura dos sistemas. As premissas podem ser mudadas e validadas pelos gestores e profissionais da saúde", diz João Flávio de Freitas Almeida, professor adjunto do Departamento de Engenharia de Produção da UFMG.

A ferramenta está disponível no site do Laboratório de Tecnologias de Apoio à Decisão em Saúde (Labdec) e traz todas as notas técnicas e critérios adotados pelo Departamento de Engenharia de Produção e pelo Núcleo de Educação em Saúde Coletiva (Nescon), órgão de ensino e pesquisa da Faculdade de Medicina da UFMG.

Contato: labdec@nescon.medicina.ufmg.br

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CAPRINOCULTURA: FERNANDO BEZERRA PROTOCOLA SOLICITAÇÃO DE RECURSOS PARA AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS DA AGRICULTURA FAMILIAR

O senador Fernando Bezerra Coeho protocolou a solicitação ao Governo Federal, através do Ministério da Cidadania a solicitação para a liberação de recursos par ao Programa aquisição de alimentos da agricultura familiar pernambucana por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Fernando Bezerra justifica que a medida atende principais produtoras de caprinos e ovinos do estado e diante do agravamento da pandemia do Covid-19 que afeta diretamente a agricultura familiar e notadamente a região do semiárido.

De acordo com Fernando Bezerra a liberação dos recursos permitirá o estoque de 500 toneladas de carne, beneficiando cerca de 3,5 mil agricultures familiares, criadores de caprinos e ovinos.

A medida, de acordo com criadores da região, deve ser nos moldes do “PAA do Bode”, como ficou conhecida a aquisição direta de caprinos, em 2012, pela Superintendência da Conab em Pernambuco.
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MEIO AMBIENTE: RIO SÃO FRANCISCO VOLTA A GANHAR VOLUME DE ÁGUA, VAZÃO DAS BARRAGENS SOBEM A PARTIR DESTA QUARTA 8

Em meio ao manto de notícias tristes que marcam os meios de comunicação nos últimos 30 dias desde que foi decretado estado de pandemia, devido o coronavírus, nesta quarta-feira (8), a informação do aumento da vazão da Barragem de Sobradinho, BahiA,  fez os ribeirinhos 'abrir um sorriso" e também ficar alerta. 

Dentre todos os estados por onde passa, é na Bahia que o Rio São Francisco percorre o maior trecho. Juazeiro é um dos municípios que a partir desta quarta-feira (8), começa a sentir o aumento das águas do Opará (Rio que é mar na lingua indígena).

A redação do BLOG NEY VITAL  visitou pescadores e moradores do bairro Angari. A maioria já se prepara para o que eles denominam "a enchente do Velho Chico", o retorno normal de sua correnteza. A dona de casa Anita dos Santos disse que no bairro Angari onde moram, nas margens do Rio todos devem ter a "conscientização de que o controle de cheias exercido pelas barragens e reservatórios, é limitado".

De acordo com Anita "depois de anos de seca a estátua do Nego D'agua vai voltar a ter água em sua volta. Já assistimos outras cheias e os problemas são os mesmo,mas a alegrias são maiores". Dona Anita se refere a baixa do Rio São Francisco, causada por uma das piores estiagens dos últimos 100 anos, em Juazeiro, norte da Bahia, que fez a escultura "Nego D’Água" aparecer na superfície da areia, quando antes ficava sob a água. A estrutura tem 12 metros de altura.

A Chesf informou que a partir desta quarta-feira (08) a defluência na barragem de Sobradinho vai sair dos 800m3 para 1.000m3 e na sequência, já nas primeiras horas da quinta-feira (09), para 1.400m3.  

Na nota a Chesf alertou para riscos de alagamento de áreas ocupadas em trechos considerados como “calha principal”. “É fundamental chamar atenção para o fato de que a depender das condições de atendimento ao SIN, poderá ocorrer a necessidade de aumento de geração da UHE Xingó acima dos valores supracitados. Neste sentido, evidencia-se fortemente a importância da não ocupação de áreas ribeirinhas situadas na calha principal do rio”, alertaram.

A redação do BLOG NEY VITAL  também conversou com o pescador Antonio Gonçalves dos Santos. Aposentado ele é pescador amador, diz que acompanha de perto o dia a dia do rio e agradece a Deus a importância da enchente para o rio, meio ambiente e para os profissionais que dependem do Rio São Francisco.

“Fazia sete anos que não tinha enchente no rio e graças a Deus esse ano deu enchente. Nós que somos pescadores ficamos muito felizes com as chuvas e com essa enchente porque agricultores e pescadores, muita gente depende do rio. Com a cheia, muitos peixes entram e se reproduzem, e isso é muito bom pra nós pescadores”, finalizou.

Na região de Juazeiro e Petrolina a vazão subindo atinge as prainhas situadas nas margens do Rio, além da Ilha do Rodeadouro e Ilha do Fogo.

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CLARISSA LOUREIRO, ÍTALO CALVINO E AS CIDADES INVISÍVEIS

"As cidades invisíveis" de Italo Calvino se destaca por ser um cadinho de narrativas sobre cidades imaginárias que se agrupam nos seguintes grupos temáticos: memória, desejo, símbolos, morte, céu, nomes e delgadas. 

O que as identifica é a sua capacidade de uso da descrição geográfica em função de uma reflexão existencial. Assim, cada cidade é personificada com nomes de mulheres que aproximam seu " corpo" a um lugar feminino de mistério, dor, abandono, morte. Por isso, nessa obra, o espaço é metafórico, preenchendo-se mais pelo que pode ser interpretado pelo leitor do que pela sua função de localizar personagens e as suas, consequentes, ações.

Entre as narrativas, destaco a intrínseca relação entre memória, desejo e morte. Todas essas narrativas levam o leitor a pensar a efemeridade do humano e, ao mesmo tempo, a sua busca por eternizar-se no modo como se relacionam com determinados " lugares" da cidade. Entre as cidades- memória, sublinho a relação entre Kubla e Maurília, enquanto cidades em que o passado é recordado permanentemente, seja na condição de cartão postal, seja na situação de resgate de ações antigas cotidianas em ruas e espaços da cidade. Por outro lado, as cidades-morte reforçam a determinação do passado no processo permanente de presentificação das cidades. É o caso das cidades Eusápia e Andelma. 

A primeira remete a uma duplicação passado-presente numa alimentação recíproca constante, já a segunda envolve a nossa saudade constante dos mortos e a nossa necessidade de os reviver em gestos e ações de estranhos. O que sintetiza a ideia central do livro na seguinte premissa, encontrada na sua primeira narrativa: " os desejos agora são só recordações", metáfora que define a sensação de impermanência comum ao homem que se propõe a assistir e, sobretudo, pensar as cidades. (Fonte: Clarissa Loureiro nasceu em Campina Grande Paraíba. É professa da UPE, mestrado e doutorado em Teoria da Literatura) 
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